publicado dia 12/03/2019

“Currículo na Educação Integral” auxilia redes de ensino na construção curricular a partir da BNCC

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Para auxiliar as redes de ensino e escolas a revisarem seus currículos e implementar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Centro de Referências em Educação Integral, em parceria com o British Council, lança a plataforma Currículo na Educação Integral.

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Devendo ser implementada até o início do ano letivo de 2020 na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, a BNCC coloca em seu texto introdutório os princípios da educação integral como centrais e constituintes da proposta formativa.

Nesta perspectiva, a plataforma indica trilhas possíveis para a implementação da BNCC à luz desta concepção de educação. “Há pontos a serem explorados com mais densidade, inclusive, técnica ou que ficaram invisibilizados no documento. E é isso que a plataforma traz: atenção ao território, ao protagonismo dos estudantes e ao desenvolvimento integral”, explica Luis Serrao, gerente de Educação Básica do British Council.

“A plataforma traz atenção ao território, ao protagonismo dos estudantes e ao desenvolvimento integral”, diz Luis Serrao

Outro diferencial é que a fundamentação do material foi feita de acordo com a experiência concreta de implementação da BNCC no município de Tremembé (SP), processo coordenado pelo Centro de Referências de Educação Integral. Assim, considera as condições reais de realização deste trabalho nas escolas públicas.

Apesar de ter por base esse município, a ferramenta é estruturada de forma que cada escola ou rede possa adaptá-la às suas necessidades. “Construir a pertinência do currículo em cada município e estado depende da contextualização curricular a partir das características de cada território, reconhecendo especificidades, identidades e contextos de vida e de aprendizagem dos estudantes”, acrescenta Natacha Costa, diretora da Cidade Escola Aprendiz.

Estrutura da plataforma Currículo na Educação Integral

A plataforma está dividida em três cadernos. O primeiro traz referências para estados e municípios, apresenta um conjunto de reflexões de fundamentação e uma sugestão de itinerário formativo de implementação. O segundo, por sua vez, faz uma sugestão de implementação na prática, por etapas. Já o terceiro apresenta caminhos para a BNCC de Língua Inglesa, a primeira das áreas do conhecimento que a plataforma disponibiliza subsídios curriculares específicos.

Dentre as orientações para a condução do processo, destaca-se a necessidade de assegurar a pertinência do currículo ao território, bem como a participação de todos

A estrutura do documento é composta por um roteiro para reflexões, com referências teóricas e práticas para subsidiar a escrita curricular e que pode ser explorado independentemente da etapa em que a revisão curricular se encontra. “Não há uma linha de chegada e uma de saída”, ressalta Luis Serrao.

Dentre as orientações para a condução do processo, destaca-se a necessidade de assegurar a pertinência do currículo ao território, bem como a participação de todos. “O currículo deve ser resultado de uma reflexão coletiva que construa sentido e significado para a prática dos gestores e educadores e que constitua um ambiente colaborativo para a permanente autoformação destes profissionais”, diz Natacha Costa.

Conteúdo de Língua Inglesa

A expectativa da plataforma Currículo na Educação Integral é oferecer subsídios para a construção curricular de diversas áreas de conhecimento. Mas, no momento, a primeira e única disponibilizada é a de Língua Inglesa.

“Qualificar o debate sobre ensino de Inglês no Brasil é uma incumbência do Conselho Britânico, e percebemos que a área sempre estava em segundo plano nas discussões curriculares, e sempre muito centrada no domínio da gramática”, explica Luis.

Na elaboração deste documento, prevalece a noção de que o ensino da Língua Inglesa deve ser mais significativo, estar atento às necessidades e contextos locais e voltado para o uso comunicativo.

Além disso, o caderno foi construído em diálogo com professores da rede pública de todo o Brasil, com extensa pesquisa sobre materiais e recursos disponíveis, o uso da língua na região, e as condições institucionais necessárias para dar suporte ao ensino de Inglês. “O processo tem que ser feito com base nas necessidades reais da sala de aula, dos territórios, e destes alunos e professores para fazer sentido”, diz Luis.

Ainda neste ensejo, o Centro de Referências em Educação Integral começa a publicar a partir do dia 20 de março uma série de matérias especiais sobre os processos de construção curricular para o Inglês diante do que propõe a BNCC. Entre os temas abordados estarão a questão da formação de professores, gestores, o território e a articulação com outras áreas do conhecimento.

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