publicado dia 29/11/2021

Contato com a natureza ajudou crianças a enfrentarem a pandemia, aponta pesquisa

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O programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, lançou a pesquisa inédita “O papel da natureza para a saúde das crianças no pós-pandemia”, que investigou a relação de crianças e adolescentes com a natureza durante a pandemia.

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Foram ouvidos mil pais, mães, cuidadores e crianças de até 12 anos de todo o Brasil para o levantamento, que contou com a parceria da Fundação Bernard Van Leer, o WWF-Brasil e a Rede Conhecimento Social para sua realização.

Junto com a pesquisa também será lançado um mini documentário sobre o contato com a natureza para as crianças pequenas. O projeto é um recorte inédito do documentário “O Começo da Vida 2 – Lá Fora”, uma iniciativa que conta com o apoio da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. O mini documentário estará disponível no YouTube do Instituto Alana, de forma aberta e gratuita, a partir do dia 29/11.

Principais resultados

Entre os achados, perceberam que 71% das crianças tinham a oportunidade de brincar ao ar livre até uma vez por semana. Durante a pandemia, esse número caiu consideravelmente, para 45%. As famílias identificaram que o isolamento e a falta de contato com a natureza levou a um conjunto de efeitos negativos: 24% delas disseram que houve aumento de problemas físicos, como obesidade e falta de vitaminas, por exemplo, e 60% declararam que aumentou o uso de equipamentos eletrônicos pelas crianças.

As famílias sentiram a falta que o contato com a natureza fez e perceberam os benefícios
que esse contato trouxe para as crianças quando foi possível propiciar isso a elas: 81%
relataram que o contato com a natureza permitiu que as crianças passassem pela pandemia com mais saúde e bem-estar; 93% disseram que os pequenos ficam mais felizes e ativos física e mentalmente quando estão ao ar livre; 88% notaram que as crianças dormem mais e melhor quando brincam ao ar livre e 85% disseram que as crianças ficam menos estressadas e ansiosas.

À medida que a reabertura acontece, o estudo revela que as famílias buscam aumentar esse contato com a natureza: 75% pretendem levar as crianças mais vezes a espaços públicos, como praças e parques. Mas, independentemente da pandemia, o grupo relatou dificuldades para acessar espaços verdes: 42% não têm uma área verde adequada próximo de sua casa; 33% cita a falta de segurança e/ou limpeza dos locais; 32% menciona falta de tempo e 20% fala do custo envolvido nesses passeios.

Ainda de acordo com a pesquisa, a experiência da pandemia trouxe uma preocupação maior com a conservação da natureza e sua importância para a qualidade de vida: 64% das famílias passaram a valorizar mais a conservação da natureza; e 59% passaram a pensar mais sobre a importância de ter áreas verdes na cidade.

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