publicado dia 18/06/2020

Abraham Weintraub deixa o comando do MEC; entenda

Reportagem:

Em vídeo publicado em seu perfil pessoal no Twitter, Abraham Weintraub anunciou na tarde desta quinta-feira 18 que deixa o Ministério da Educação (MEC). Carlos Nadalim é o nome mais cotado para substituí-lo.

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Weintraub assumiu o posto em abril de 2019, após a saída de Ricardo Vélez Rodríguez, o primeiro ministro da gestão Bolsonaro. Durante os 14 meses em que esteve à frente do cargo, protagonizou polêmicas nas redes sociais e fora delas, como os diversos cortes no financiamento da Educação, os constantes ataques ao Ensino Superior, o lançamento do programa Future-se e os desafetos com a comunidade judaica no Brasil.

A controvérsia mais recente em que o agora ex-ministro se envolveu foi a partir da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, no Palácio do Planalto, em que chama os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” e defende que eles sejam presos.

O ministro Celso de Mello, relator do inquérito que avalia uma suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal – motivo pelo qual esse vídeo foi divulgado – enviou um ofício aos demais membros da Corte afirmando ver possível crime de injúria por parte de Weintraub. O ex-ministro também foi citado no inquérito das fake news, no STF, que investiga esquemas de disseminação de informações falsas e ofensas a autoridades.

Em um terceiro inquérito, também no STF, que apura um crime de racismo cometido por ele contra a população chinesa, fruto de uma postagem no Twitter em que insinua que a China poderia se beneficiar de propósito da crise mundial causada pelo Coronavírus. No texto, o ex-ministro ainda ridicularizou o sotaque de alguns chineses que trocam a letra “R” por “L” ao falar. A postagem foi apagada.

Cresceu, assim, a pressão pela substituição de Weintraub por parte de ministros militares e de políticos do governo. Agora, o nome mais cotado para ocupar o MEC é Carlos Nadalim, secretário nacional de Alfabetização, que é abertamente seguidor de Olavo de Carvalho, defensor do método fônico e da educação domiciliar

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