publicado dia 03/07/2023

Tempo integral: em live, especialistas debatem a nova política e condições de implementação

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Em maio, o Ministério da Educação (MEC) lançou o programa Escola em Tempo Integral. Para avaliar o programa à luz da concepção de Educação Integral, a Hora do Intervalo recebeu especialistas que pontuaram como a jornada estendida precisa acontecer para promover direitos, não desigualdades.

Especial Educação Integral Mais tempo na escola para que

Durante o debate virtual, os convidados explicaram a diferença entre tempo integral e Educação Integral e celebraram a retomada da coordenação nacional para a Educação pública brasileira.

Contudo, apontaram, é preciso diálogo e ajustes para que a política de fato garanta direitos e promova o desenvolvimento de todas as dimensões das crianças, adolescentes e jovens.

Leia + Educação Integral: qual o sentido de mais tempo na escola?

“Será que é só estender o tempo, reproduzindo a monocromia do espaço escolar que carregamos desde o início da Educação pública brasileira?”, questionou Fernando Mendes, formador e gestor do Centro de Referências em Educação Integral, durante a live.

Claudia Cristina Pinto Santos, professora, doutoranda em Educação na Universidade Federal da Bahia e que atua na coordenação do Comitê Territorial Baiano de Educação Integral e no Observatório Nacional de Educação Integral, também integrou a conversa e explicitou um dos principais pontos que precisa ser revisto na política proposta pelo MEC:

“Esses meninos e meninas precisam gostar da escola”, diz Claudia Cristina Pinto Santos.

“Estamos falando de vidas, esses meninos e meninas precisam gostar da escola, que não prepara para a vida, ela é a própria vida, é o tempo de vida. Então essa política, quando vem verticalizada, vem desconhecendo em grande dimensão as questões identitárias, territoriais, culturais, as nossas diversidades e riquezas. Para tanto, é preciso diálogo e articulação com os territórios. Tenho esperança de que o MEC ainda mova esse terreno”, disse.

Durante a conversa, os especialistas também falaram sobre a importância da intersetorialidade para que a política promova direitos e garanta condições para que os estudantes permaneçam esse tempo a mais na escola.

Além disso, que dê condições para que as redes possam ofertar uma Educação de qualidade, tanto do ponto de vista da infraestrutura, alimentação e transporte, quanto do trabalho pedagógico.

Especial sobre tempo integral

A live marcou, ainda, o anúncio de uma série de reportagens especiais que o Centro de Referências em Educação Integral vai publicar em julho. Elas vão abordar o sentido de mais tempo na escola – e fora dela – a importância de ampliar o tempo com equidade e a partir da Educação Infantil, além de experiências de redes brasileiras e artigos de especialistas. Fique ligado(a)!

Assista ao debate na íntegra:

Como financiar o tempo integral nas escolas?

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