publicado dia 09/02/2021

Observatório apoia educadores brasileiros no ensino da Língua Inglesa

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Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o ensino da Língua Inglesa tornou-se obrigatório para o Ensino Fundamental II e Médio. Mas para que ele faça sentido para a vida dos estudantes, é preciso ir além de aulas baseadas em tradução, memorização e repetição, e investir no uso da língua em diferentes contextos sociais e formativos, de forma a contribuir para uma formação crítica e cidadã. É para auxiliar os professores nessa tarefa que surge o Observatório para o Ensino da Língua Inglesa.

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Lançado em dezembro de 2020, a plataforma virtual é a primeira do mundo a agregar e compartilhar o conhecimento disponível sobre a área e fornecer ideias e inspiração para melhorias no ensino da Língua Inglesa no Brasil, sobretudo na rede pública.

“Todo o programa se baseia no Inglês como uma prática social. Então trazemos o que tem de mais atual, por meio de discussões, referência e publicações, além de disseminar as boas práticas que já estão acontecendo no país. Também dialogamos constantemente com professores para entender quais desses conteúdos têm sido úteis ou não”, explica Cintia Toth Gonçalves, gerente-sênior de Inglês do British Council, uma das organizações fundadoras do Observatório.

Além de reunir materiais já existentes sobre o tema, o Observatório também dissemina as produções do programa Skills for Prosperity, como materiais didáticos para professores e estudantes, e formação continuada para docentes. 

Para a realização do programa, foram selecionados cinco estados brasileiros, um de cada região do país, para construir esses conteúdos e formações coletivamente, e garantir as especificidades de cada rede, território e cultura. Como resultado, esses conteúdos terão uma versão nacional e outras cinco versões customizadas para cada um dos cinco estados, que serão publicados na plataforma em breve.

“O governo britânico tem o cuidado de trazer sua expertise mas também valorizar os saberes locais, ouvindo e valorizando os professores e instituindo parcerias e construções mútuas”, destaca Thaiane Rezende, das relações exteriores do governo britânico no Brasil, e gerente-sênior do programa Skills For Prosperity no Brasil.

Em março, chegará ao Observatório para o Ensino da Língua Inglesa um curso online do programa Skills for Prosperity voltado para a proficiência para professores, gratuito e aberto para qualquer educador.

Além do recorte territorial e cultural, toda a produção do Observatório também é norteada pela equidade de gênero e inclusão social. “Para que o ensino e aprendizado de Inglês seja mais democrático, é preciso garantir a representatividade da população brasileira. A partir da análise do contexto, chegamos ao público-alvo principal que queremos garantir que esteja abarcado nesse programa: professoras e alunas negras”, afirma Cintia. 

Outra frente de atuação do Observatório diz respeito a oferecer pesquisas, diagnósticos e dados para apoiar a formulação de políticas públicas para o ensino de Inglês no Brasil. “Temos a tendência de dizer que o ensino de Inglês não funciona no país, mas não temos dados para analisar isso. Então vamos nos debruçar sobre bancos de dados oficiais para pensar que tipo de indicadores poderíamos ter para acompanhamento do ensino de Inglês e, efetivamente, saber se ele está melhorando ou o que precisa melhorar”, analisa Cintia. 

O contexto do surgimento do Observatório e seu propósito maior

O governo britânico criou o programa Skills For Prosperity, presente em nove países, com o objetivo de promover, a partir de cada realidade local, melhores condições de vida e de trabalho para os jovens. Enquanto o governo britânico financia e compartilha conhecimentos técnicos, no Brasil o programa é implementado por meio da Fundação Lemann, a Associação Nova Escola, o Instituto Reúna e o British Council. O Observatório para o Ensino da Língua Inglesa é uma das iniciativas criadas a partir desse programa. 

“O governo britânico trabalha com a ideia de prosperidade mútua ao redor do mundo. Então procuramos trazer crescimento econômico inclusivo, e o domínio da língua inglesa é, sem dúvidas, uma das habilidades que pode contribuir com melhores condições de vida e de trabalho”, explica Thaiane Rezende. 

Essa percepção é apoiada pela 53ª edição da Pesquisa Salarial da Catho. Ela mostra que um inglês fluente pode resultar em um salário até 61% maior no Brasil. Em contrapartida, apenas 5% da população fala uma segunda língua e menos de 3% são fluentes em Inglês.

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