publicado dia 12/12/2018

Obra reúne metodologias para implementação da educação integral no Ensino Médio

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Entre 2015 e 2017, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais se dedicou a implementar o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, em parceria com a Fundação Itaú Social e o CENPEC. Agora, divulgam a sistematização de concepções e metodologias do processo para inspirar outras redes.

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O documento “Itinerário para as juventudes e a Educação Integral em Minas Gerais” é composto por duas partes. A primeira traz concepções e metodologias, e a segunda, que foi lançada em evento nesta terça-feira 11, em São Paulo (SP), aborda a gestão democrática, o currículo e a mudança educacional.

Durante o encontro, Anna Helena Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do CENPEC, afirmou que é preciso reinventar o Ensino Médio para combater os altos índices de evasão e os baixos níveis de aprendizagem, mas com atenção para não acirrar as desigualdades. “Essa é o grande desafio, e a educação integral apresenta caminhos para isso.”

Além das publicações, foi produzida uma série de vídeos destinados, principalmente, aos professores de Ensino Médio que têm como objetivo aprofundar a conversa sobre a educação integral das juventudes, trazendo temas como história de vida, questões étnico-raciais, e gênero e sexualidade.

Gestão democrática e a escuta dos jovens

Macaé Evaristo, que foi secretária estadual de Educação de Minas Gerais à época da implementação do programa, afirmou que a publicação é centrada em como praticar uma gestão democrática e garantir de fato o protagonismo dos estudantes. “Criar espaços de diálogo ajuda a quebrar as representações que alunos têm de professores e vice-versa, e permite que eles se conheçam de fato, para tornar a aprendizagem mais significativa”, diz.

Cecilia Resende, superintendente de Juventude, Ensino Médio e Educação Profissional da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, destaca que o processo de implementação da Educação Integral foi especialmente importante para compreender as necessidades de cada escola de acordo com o território e a cultura local. “Entendemos, por exemplo, que muitos estudantes não querem aprender matemática só para fazer o ENEM, mas para aplicar na vida cotidiana deles”, contou Cecília.

Dentre as maneiras desenvolvidas para praticar a escuta dos jovens, Lilian Kelian, técnica de projetos de juventude do CENPEC, explicou que a equipe desenvolveu junto aos professores algumas metodologias: a conexão das experiências dos estudantes com o currículo, como trabalhar por meio de projetos, e o planejamento coletivo com os jovens do currículo escolar. “Pensamos junto com os educadores quem são os jovens, como eles vivenciam a juventude de diferentes formas, e como trazer tudo isso para dentro da escola”, disse.

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