publicado dia 04/11/2025
Como cultivar o protagonismo dos estudantes na Educação Integral?
Reportagem: Ingrid Matuoka | Edição: Tory Helena
publicado dia 04/11/2025
Reportagem: Ingrid Matuoka | Edição: Tory Helena
🗒 Resumo: Ao incentivar a participação dos estudantes, a UMI Tânia Leite Santos, em Açailândia (MA), viu adolescentes se tornarem mais ativos e os índices de evasão diminuírem drasticamente, fruto de uma escola com mais sentido para aquelas pessoas. Para detalhar as práticas, a live Hora do Intervalo reuniu o diretor da escola com duas estudantes.
A Unidade Mais Integral (UMI) Tânia Leite Santos atende cerca de 400 estudantes de Anos Finais do Ensino Fundamental em Açailândia (MA). O protagonismo dos estudantes na Educação Integral é um dos diferenciais da escola, que possui diferentes instâncias de participação.
Além do Conselho de Classe e do Conselho Escolar, a escola escolhe um Líder de Turma e trabalha com os Alunos Protagonistas, responsáveis por iniciativas e compartilhamento do processo decisório na escola.
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São os próprios estudantes que sugerem e conduzem oficinas e projetos, como um grupo de robótica, de produção de podcast e astronáutica. Também são os estudantes que fazem a comunicação nas redes sociais da escola e organizam a merenda, momento compartilhado entre todas as pessoas da escola.
Para compartilhar mais sobre essas práticas e contar como a escola começou a incentivar o protagonismo estudantil, a Hora do Intervalo de outubro recebeu a estudante do 9° da escola, Ana Clara Ribeiro Gusmão, a aluna egressa Lauane Romeira de Sousa, e o diretor escolar, Antonio Johnatan Gomes Brito.
Ana Clara conta que era tímida, mas com o incentivo dos educadores de comunicar suas ideias e opiniões, perdeu o medo de falar.
“Hoje vou contando como está andando o grupo de robótica e se a gente precisa de alguma coisa. Se alguém tem alguma ideia, levo para a gestão e converso, é só chegar e conversar. Ou a própria gestão e os professores vem compartilhar as ideias deles com a gente, para nós opinarmos em um projeto deles. Eles incluem a gente nas decisões deles”, observou a estudante.
“Os professores nunca estão só na sala de professores, separados da gente. Eles estão na biblioteca, corredores, refeitórios, se mostrando abertos”, disse a estudante Lauane de Sousa
Lauane acompanhou todo o processo de mudança da escola, que teve início em 2021, e destacou a importância da convivência diária para essa transformação acontecer.
“Os professores nunca estão só na sala de professores, separados da gente. Eles estão na biblioteca, corredores, refeitórios, se mostrando abertos. Nos sentíamos gente como eles. Isso abre caminho para a gente dialogar, para explorar a nossa criatividade e para a gente crescer”, afirmou.
Para Johnatan, é importante respeitar a forma de ser protagonista de cada estudante. Há aqueles mais abertos e comunicativos. Outros, exercem protagonismo em pequenos grupos ou em áreas que despertam seu interesse.
Em todos os casos, o gestor escolar explica que é fundamental envolver os estudantes em todo o processo.
“Se eles sugerem algo que não dá para fazer, não digo que ‘não’ e acabou. Eu explico a nossa situação e convido a pensar outros caminhos. Eles não são visitantes, mas parte da escola, com suas identidades, que precisamos reconhecer para atender a eles, suas culturas, essa geração. Nossa evasão é baixíssima, porque aqui é o ambiente deles”, disse.
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