publicado dia 17/09/2021

Quer criar aprendizagens mão na massa? Publicação traz orientações teóricas e práticas; confira

Reportagem:

A partir de seis anos de estudos, pesquisas e experiências na prática de formação docente e aprendizagem criativa que o Instituto Catalisador realiza, surge o Caderno do educador mão na massa: dos princípios às práticas. A publicação está disponível para acesso gratuito e visa oferecer instrumentos para professores criarem seus próprios trabalhos pedagógicos inovadores, adequados ao contexto de cada escola e território. 

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“O Caderno é fruto da vontade de compartilhar com nossos pares o que criamos e experimentamos no chão das escolas, a maioria delas públicas, e no território junto com a comunidade, para podermos refletir juntos e repensar as práticas de forma compartilhada e colaborativa”, explica Simone Lederman, pedagoga e uma das idealizadoras do Instituto Catalisador.

A publicação, que foi elaborada a muitas mãos e sob coordenação dos educadores Carmen Sforza e Renato Barboza, contém referências teórico-práticas que embasam a abordagem mão na massa, como o construcionismo, a aprendizagem criativa e centrada no fazer, com possibilidades de uso de ferramentas digitais e analógicas. Também aborda o papel do educador ao longo do processo, desde idealizar a proposta até fazer a curadoria dos materiais e os registros para a documentação pedagógica.

“Aprender com a mão na massa é uma metáfora para aprender de corpo e alma. É para tirar a educação do bidimensional, que é papel e lousa, e levá-la para o tridimensional, não só construindo coisas, mas construindo sentidos e significados a partir de robôs e engenhocas, em ciclos de ação e reflexão”, pontua Simone.

Para desenvolver uma formação com base no material, a especialista recomenda justamente colocar a mão na massa. A proposta é que ao longo do estudo do material, (preferencialmente feito de forma coletiva pelos professores), eles possam usar as referências para discussões, planejamentos e entrarem em ação, também em equipe. Não é necessária tecnologia de ponta. O Caderno é pensado a partir de recursos sustentáveis financeira e ambientalmente, e indica propostas para ressignificar objetos do cotidiano e da natureza, reaproveitar os materiais utilizados nas construções dos estudantes e ainda firmar parcerias com instituições do território que possam compartilhar recursos mais específicos, como impressoras 3D. 

“O mais importante é que todos os professores tenham condições dignas de trabalho, com flexibilidade de tempo e de espaços na escola para se engajarem com a proposta. Assim a conexão com o currículo acontecerá de maneira autêntica e os estudantes poderão usufruir da experiência”, finaliza Simone.

*Foto: Acervo Instituto Catalisador

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