publicado dia 01/06/2022

Fato Certo Não Tem Erro: conheça a campanha contra fake news da Plan International

por

A Plan International Brasil lançou em maio a campanha Fato Certo Não Tem Erro, a fim de conscientizar famílias, profissionais da educação e a sociedade em geral e dar subsídios teóricos e jurídicos para o debate sobre a importância de educar sobre equidade de gênero e educação integral em sexualidade.

Leia + Este professor está ensinando a combater fake news sobre vacinas na aula de Português

Com vídeos, conteúdos de redes sociais, podcasts e uma cartilha de alfabetização em direitos, a iniciativa faz frente ao termo “ideologia de gênero”, que se tornou frequente em debates, declarações e pronunciamentos, dos púlpitos das igrejas às bancadas políticas ou em programas de TV, sendo usado de forma enganosa para uma referência às identidades de gênero e à inclusão de temas relacionados à orientação sexual e à educação para sexualidades nas escolas.

A campanha também aborda as consequências da desinformação e das fake news em temas como transfobia, homofobia, gravidez na adolescência, abuso sexual e infecções sexualmente transmissíveis, e lança luz sobre fatos e notícias falsas, trazendo, por exemplo, a diferença entre mentira e divulgações ilegítimas, e histórias reais de pessoas que foram vítimas das fake news.

“A Campanha Fato Certo Não Tem Erro tem o intuito de conscientizar educadoras, educadores, pais, mães, cuidadores e a sociedade de modo geral na luta contra a disseminação de informações falsas, inseridas em um contexto amplo de desinformação, tão presentes na sociedade brasileira e que corroboram discursos e práticas que exterminam vidas, ferem identidades e violam direitos humanos”,

“A ideia é que a campanha possa ser uma faísca que se soma aos debates de enfrentamento à falácia de ideologia de gênero, enquanto uma das notícias falsas que buscamos enfrentar. Além disso, esperamos que possa servir de instrumento para apoiar educadoras e educadores nesse processo cotidiano de prática libertária contra as notícias falsas e a favor do acesso à informação de qualidade como um direito”, enfatiza.

A cartilha de Alfabetização em Direitos tem um glossário que segue o Guia de Terminologia da UNAIDS e detalha termos e expressões. Um exemplo é o verbete Identidade de Gênero – “Identidade de gênero se refere à experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo tanto o senso pessoal do corpo — que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos ou outros — quanto outras expressões de gênero, inclusive vestimentas e modo de falar”.

Outros termos como cisgênero, heterossexual, homossexual, gay, lésbica, queer, transgênero etc., também fazem parte da cartilha. A campanha, criada em parceria com a Angola Comunicação, uma agência formada apenas por mulheres, será realizada durante os meses de maio e junho.

Como as ‘fake news’ podem ser um incentivo à ‘alfabetização midiática’

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.