publicado dia 01/09/2022

Educação antirracista e inclusiva deve ser prioridade do próximo governo

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A Hora do Intervalo de agosto, nossa série de lives pelo Instagram, recebeu duas especialistas para falar sobre a importância de se efetivar uma educação antirracista e inclusiva em todas as escolas do Brasil — chave para garantir direitos, melhorar a qualidade da educação e promover uma sociedade melhor para todos e todas — e portanto deve estar no centro dos debates eleitorais de 2022.

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“Em um ambiente favorável para equidade racial, alunos e alunas aprendem melhor, se desenvolvem mais em termos de aprendizado e também impacta na redução dos conflitos […] da evasão e dos índices das desigualdade étnico-raciais na educação, que são fortes quando se pensa a educação no Brasil. Não dá para falar de educação sem trazer esse olhar da equidade, considerando como cada um dos desafios atinge os diferentes grupos e não apenas crianças negras e indígenas, mas todos os recortes que precisam ser feitos para que a gente desenvolva políticas realmente eficientes”, explicou Giselle dos Anjos Santos, pesquisadora no CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) e doutoranda em História Social na Universidade de São Paulo (USP).

Por essa centralidade da promoção de uma educação com equidade étnico-racial, a Agenda 227, um movimento apartidário de 324 organizações do campo dos direitos da infância e adolescência, traz o enfrentamento ao racismo como uma das propostas para os candidatos à Presidência priorizarem.

Essa proposição está na área de Educação do “Plano País para a Infância e a Adolescência”, documento que contém 148 propostas de diferentes áreas, como Saúde, Cultura, Esporte, Segurança e Alimentação que visam efetivar os direitos das crianças e adolescentes com absoluta prioridade.

A inclusão é outro desses pontos que a Agenda 227 traz como urgente para efetivar direitos e promover a qualidade da educação. “O primeiro passo é ter todas as crianças e adolescentes estudando na mesma escola, tendo direito ao currículo nacional, à aprendizagem, com recursos financeiros destinados a um único sistema educacional totalmente inclusivo. Essa tem que ser uma premissa não discutível: somos todos sujeitos de direito à educação, à convivência e aprendizagem. […] E é preciso romper com um ciclo de exclusão: [as pessoas com deficiência] não têm garantia de acessibilidade, então não saem de suas casas. Por que não saem, as pessoas não lembram que elas existem, e aí não têm seus direitos garantidos. Colocar essas crianças na escola para se relacionar ensina a todos e todas, melhora a aprendizagem, as metodologias para todo mundo, quando dão condições de acesso em condições de igualdade”, afirmou Luiza Corrêa, coordenadora de advocacy do Instituto Rodrigo Mendes, organização que recentemente também lançou a publicação “Recomendações de Políticas de Educação Inclusiva para Governos Estaduais e Federal”.

Assista à conversa na íntegra abaixo e já anota na agenda: a próxima Hora do Intervalo acontece na última quinta-feira de setembro, das 16h às 17h (horário de Brasília), pelo Instagram do CR (@cr.educacaointegral), e vai falar sobre o Brasil e a Educação que os jovens querem e precisam!

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