publicado dia 03/08/2022
7 conteúdos para estudar a importância da natureza para o desenvolvimento infantil
Reportagem: Ingrid Matuoka
publicado dia 03/08/2022
Reportagem: Ingrid Matuoka
Além da diversão e de promover a interação entre os pares, poder brincar e estar em espaços naturais e ao ar livre é essencial para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes – um direito das infâncias e adolescências.
Leia + Entrevista com Gandhy Piorski: Como o brincar com a natureza estimula o desenvolvimento das crianças
Para debater o tema, a série de lives Hora do Intervalo recebeu Paula Mendonça, mãe da Nina e Luana, pedagoga e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e assessora pedagógica do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, e Drica Rocha, educadora, artista da dança, fisioterapeuta e licencianda em dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), que investiga movimentos corporais matriciado pelo brincar e a relação com a natureza.
As convidadas explicaram de que maneira o contato com a natureza promove o desenvolvimento integral, por que é dever da família, da escola e de toda a sociedade trabalhar para efetivar tal direito, e quais experiências podem ser interessantes de promover com as crianças e adolescentes.
Durante a conversa, também indicaram livros, guias e outros materiais para apoiar a formação de professores, gestores e famílias sobre a importância da natureza para o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Site Criança e Natureza, do Instituto Alana
A plataforma possui muitos vídeos, entrevistas, livros, pesquisas e artigos sobre a importância da natureza, com várias dicas de como promover esse contato na escola e no território. “É ideal para a formação dos educadores”, diz Paula.
Desemparedamento da Infância: a Escola Como Lugar de Encontro com a Natureza
A publicação digital sistematiza caminhos do processo de ressignificação dos espaços escolares como lugares potenciais para o encontro da criança com a natureza e como essa conexão pode favorecer seu desenvolvimento e aprendizado.
Brinquedos do Chão: a Natureza, o Imaginário e o Brincar, de Gandhy Piorski
A obra explora o brincar com os quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e ar, e é fruto de pesquisas do autor por vários territórios do Brasil. “Ele traz elementos da natureza e o imaginar de um jeito delicioso”, comenta Drica.
A Última Criança na Natureza, de Richard Louve
“O autor faz muitas pesquisas sobre a relação entre saúde e natureza e cunhou o termo Transtorno do Déficit da Natureza, não como um diagnóstico médico, mas que revela um problema do mundo inteiro com crianças sofrendo as consequências dessa falta”, explica Paula. A obra também oferece caminhos para restabelecer a conexão entre criança e natureza no quintal e na escola.
Guia de Aprendizagem ao Ar Livre
A partir dos estudos de caso de três escolas do município de Jundiaí (SP) que têm promovido o desemparedamento das infâncias, o material busca apoiar municípios e Estados no planejamento para o uso de espaços ao ar livre na escola e no território, ampliando as possibilidades pedagógicas e promovendo uma cidade mais amigável às crianças e a toda a população.
Evolução e Movimentação Humana: Introdução ao Raciocínio Evolucionário na Saúde e no Movimento, de Pablo Santurbano
O livro associa o movimento humano e seus problemas, sobretudo diante das implicações de uma vida contemporânea, em geral urbanizada e sedentária, à perspectiva da evolução biológica.
“Ele nos faz entender coisas muito simples do dia a dia que estamos sentindo, como necessidade de se mover e como o movimento é mais acessível do que parece. Ele também traz o movimentar-se pelo prazer de se movimentar”, relata Drica.
Parques Naturalizados: Paisagens Para um Brincar Natural
Parques naturalizados são áreas construídas com elementos naturais, como troncos, pedras, terra e plantas e permitem encontros e brincadeiras em um ambiente mais natural. “O material ajuda a fazer intervenções no pátio escolar com materiais naturais bem simples e acessíveis, e para gestores pode ajudar a requalificar espaços urbanos”, diz Paula.
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