publicado dia 12/07/2017
Material ensina aos alunos como identificar notícias falsas
Reportagem: Ingrid Matuoka
publicado dia 12/07/2017
Reportagem: Ingrid Matuoka
Em meio à disseminação das mídias digitais e à era da pós-verdade, saber identificar notícias falsas e informações potencialmente distorcidas torna-se cada vez mais necessário.
Um plano de aula gratuito sobre como checar informações e notícias, criado pelo Instituto Poynter, organização norte-americana sem fins lucrativos que promove o ensino do jornalismo, pode ajudar as escolas e educadores na missão de desenvolver esta habilidade nos alunos.
Voltado para o Ensino Médio, o material foi traduzido para o português pela Agência Pública. O tempo estimado para desenvolver todas as atividades é de 75 minutos e inclui uma animação que explora as diferenças entre fatos e opiniões, notícias e boatos.
O plano de aula pode ser baixado gratuitamente e está repleto de ferramentas e dicas para desvendar boatos e notícias falsas. Entre os indícios estão o uso da caixa alta, sites sem seção descrevendo quem são os responsáveis ou autores e a ausência de informações detalhadas sobre os proprietários do endereço.
Professores que quiserem ainda instrumentos adicionais para ensinar seus estudantes encontram no guia indicações de artigos complementares, em inglês.
A primeira das atividades do material trabalha os conceitos envolvidos em averiguar se uma notícia é falsa, bem como uma análise crítica do texto. No exercício, o professor entrega aos alunos um folheto e pede para que se posicionem sobre o que acham do voto obrigatório e facultativo.
Em seguida, os estudantes têm acesso a três reportagens que tratam do tema. Uma delas é um texto equilibrado, com fatos e fontes indicados. As outras duas não apresentam fontes e trazem afirmações radicalmente opostas sobre o tema. Eles devem decidir qual das reportagens é melhor segundo os princípios do jornalismo.
A ideia por trás do exercício é mostrar aos estudantes como suas opiniões pessoais podem levá-los a escolher textos que não são baseados em fatos.
Outra atividade prevista é a criação de posts, vídeos, GIFs, desenhos e memes nas redes sociais pelos próprios alunos, que poderão espalhar dicas de como descobrir notícias falsas na internet.
Desta maneira, o conhecimento adquirido por eles passa a circular entre outros jovens e fica mais fácil deter boatos e rumores que inundam a timeline de todos.