publicado dia 14/11/2017
7 maneiras de usar o celular em sala de aula
Reportagem: Ingrid Matuoka
publicado dia 14/11/2017
Reportagem: Ingrid Matuoka
Praticamente todos os alunos de hoje carregam na mochila, além de lápis e caderno, um celular. Diante da recente aprovação da lei que permite o uso desses dispositivos com finalidade pedagógica nas escolas estaduais de São Paulo, educadores se perguntam como, de fato, incorporá-los nas aulas.
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O projeto de lei nº 860/2016 altera a lei 12.730/2007, que proibia o uso de celulares em escolas estaduais. Segundo o governo do estado de São Paulo, até outubro de 2018, sistema wi-fi e banda larga serão instalados em todas as 5 mil escolas da rede.
Tendo o cuidado de não propor atividades que possam discriminar ou segregar os estudantes de acordo com o tipo de aparelho que possuem, é possível desenvolver práticas pontuais ou recorrentes que valem-se do celular. Caso algum aluno não possua o aparelho, recomenda-se realizar as atividades em grupos. Confira algumas dicas:
Mesmo que um professor prepare a aula com atenção, é comum surgirem discussões e dúvidas que tangenciem o assunto e que requeiram dados ou informações mais precisas. Este pode ser um bom momento para que os alunos consultem instantaneamente a internet e aprofundem o debate.
A produção de imagens nunca foi tão grande em nossa história quanto é hoje. São 300 milhões de imagens postadas no Facebook e outras 40 milhões de fotos compartilhadas diariamente no Instagram.
Para os adolescentes, esta pode ser uma oportunidade de registrar a sua realidade em fotos e vídeos. O professor pode propor algum tema ou desafio para que os alunos criem conteúdo audiovisual e apresentem o resultado nas aulas seguintes, discutindo tanto o contexto social, histórico ou político do que foi fotografado ou filmado, quanto para analisar a forma como esse registro foi realizado.
Os estudantes também podem montar um banco de imagens sobre determinado assunto abordado em sala de aula, produzindo imagens dentro e fora do ambiente escolar para elaborar um mural informativo ou para registrar informações durante uma atividade fora da sala de aula.
Com aplicativos como o Google Formulários, os professores podem criar testes rápidos de múltipla escolha para toda a turma. A vantagem é poder ver o resultado instantaneamente, com as estatísticas de quantos alunos escolheram cada resposta e abrir a possibilidade de debate logo em seguida.
É muito comum que os professores tragam notícias de jornais e revistas para discutir um assunto e analisar os discursos que o abordam. Com os celulares, todos podem ler o texto na palma da mão — com a vantagem de que não é preciso imprimir nenhuma folha.
Aplicativos como o Google Maps podem tornar mais concreta a visualização de fronteiras, territórios e espaços para os estudantes, especialmente nas aulas de História e Geografia. Outro potencial educativo dessas ferramentas é a criação de mapas colaborativos sobre diferentes temas e sob a perspectiva estudantil.
Em muitas escolas, é preciso reservar com antecedência uma sala especial com projetor para exibir vídeos ou agendar o uso de aparelhos de som. Celulares dispensam todo esse processo.
Precisa cronometrar uma experiência, apresentação ou uma atividade de Educação Física? Use o celular. Quer uma calculadora, um dicionário, um gravador, um tradutor, um calendário ou um escâner? Tudo está no mesmo lugar: no smartphone.