Na EMEF Emiliano Di Cavalcanti, em São Paulo (SP), a professora de Educação Física Luciana Muller utiliza o jogo Práticas em Rede – Território Educativo em prol dos direitos da criança e do adolescente desde 2019 para planejar seu trabalho pedagógico. “Ficou muito mais fácil montar meu planejamento porque tinha em mãos o que queria abordar”, diz.

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O jogo vem em formato de baralho, está disponível para download gratuitamente, e foi criado pelo Programa Educação e Território, uma iniciativa da Cidade Escola Aprendiz, para apoiar na criação de propostas educativas intersetoriais. Acesse Práticas em Rede para baixar o jogo.

Tais práticas unem os direitos de aprendizagem de crianças e adolescentes à garantia de seus direitos fundamentais e aos saberes locais, levando em conta os potenciais educativos de seu território.

“Fomos articulando o que integra meu curso aos demais, e ele com ele mesmo”, conta a professora sobre a experiência de utilizar esse jogo com seus pares educadores no planejamento do trabalho pedagógico da escola.

Para o professor Igor Noboa, que leciona História, o jogo também é formativo em práticas educativas intersetoriais. “Como ele usa a gamificação, é uma forma mais simples de aprender e mais atrativa do que ficar só lendo documentos”, afirma Igor. “Lembro que no meio do jogo começamos a falar sobre Geografia e Tecnologia e fomos falando também de outros assuntos, de internet, de agricultura 4.0 e meio ambiente”, relembra.

Práticas em Rede em ação

A professora Luciana utilizou o jogo para planejar uma partida de basquete diferente com seus estudantes. Ao contrário do jogo tradicional, desta vez a turma teria que obedecer a uma única regra enquanto estivessem na quadra: fazer cestas. Logo, começaram a surgir os conflitos, como esbarrões e impedimentos à participação de todos e todas nos lances.

“Eles perceberam que precisavam de um agir coletivo e começaram a discutir as regras que faziam sentido e como lidar com cada situação”, explica a educadora. Para planejar a atividade, a professora recorreu ao jogo Práticas em Rede.

“Foi muito mais prático, dinâmico e eficiente planejar a minha atividade dessa forma, o que me deixou com mais tempo para fluir o olhar para os meus educandos, que é o principal elemento da nossa prática”, afirma.

Como é o jogo do Práticas em Rede 

O jogo é um conjunto de quatro tipos de cartas: Direitos Fundamentais, Aprendizagens, Saberes Locais e Potenciais Educativos. Elas são sorteadas aleatoriamente e podem inspirar práticas educativas para a garantia de direitos, articulando a rede de proteção da criança e do adolescentes.

Seu maior objetivo é que faça sentido para cada comunidade escolar e, portanto, pode ser utilizado da forma que atender melhor às demandas de cada contexto. Confira, abaixo, uma instrução geral de sua proposta: