publicado dia 12/12/2023

Especial conta a história do abolicionista Luiz Gama

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🗒 Resumo: O Cenpec lançou em dezembro de 2023 o Especial Luiz Gama, que resgata a história e o legado deste grande abolicionista brasileiro, cuja trajetória foi marcada pela luta em prol da libertação das pessoas escravizadas e pela valorização da cultura afro-brasileira. Os conteúdos, disponíveis em diferentes formatos, podem apoiar o planejamento de professores e as pesquisas de estudantes.

Luiz Gama (1830 – 1882) foi o único abolicionista que viveu a escravização. Aos 10 anos foi vendido pelo pai como escravizado, condição em que viveu até conquistar judicialmente a própria liberdade aos 17 anos. Depois disso, fez do abolicionismo sua missão de vida, chegando a libertar cerca de 700 pessoas. Jornalista, advogado e o primeiro escritor autodeclarado negro do Brasil, Luiz Gama sonhava com um país “sem reis e sem escravos”.

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Sua história e obras são profundamente detalhadas no Especial Luiz Gama, produzido pelo Cenpec com o objetivo de apoiar o trabalho da temática das relações étnico-raciais a partir de um lugar de reconhecimento e valorização de intelectuais negras(os) brasileiras(os) que marcaram a luta antirracista no país.

Há textos, vídeos, áudios e diversas indicações de leituras, filmes, podcasts, quiz e 7 educadores e educadoras narrando seus poemas e textos favoritos do escritor. Uma seção especial mostra a influência de Luiz Gama sobre outras personalidades relevantes na história brasileira, como Joaquim Bonifácio, Luiza Mahin e André Rebouças.

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O especial também conta com uma entrevista com a principal pesquisadora da vida e obra de Luiz Gama, Lígia Fonseca Ferreira, professora de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Quando a gente lê o Luiz Gama, a gente vai ouvindo a voz dele, na sua eloquência marcada pela indignação“, diz Lígia.

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Em 1882, quando Luiz Gama falece, centenas de pessoas saíram às ruas para prestar a última homenagem ao grande abolicionista. Semanas após o falecimento do amigo, o escritor Raul Pompeia (1863-1895) publica:

“E Luiz Gama fazia tudo: libertava, consolava, dava conselhos, demandava, sacrificava-se, lutava, exauria-se no próprio ardor, como uma candeia iluminando à custa da própria vida as trevas do desespero daquele povo de infelizes, sem auferir uma sombra de lucro, entendendo que advogado não significa o indivíduo que vive dos jantares que lhe paga Têmis; entendendo que deve-se fazer um pouco de justiça grátis. E, com esta filosofia, empenhava-se de corpo e alma, fazia-se matar pelo bem. O herói…”

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