publicado dia 23/10/2023

Atentado a tiros: Brasil registra mais um episódio de violência extrema em escola

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🗒 Resumo: Um estudante de 16 anos atirou contra colegas na EE Sapopemba, em São Paulo (SP), na manhã desta segunda-feira (23/10). Uma adolescente morreu e outras duas foram baleadas. Autoridades manifestaram solidariedade.

Nesta segunda-feira (23/10), a estudante Giovanna Bezerra Silva, de 17 anos, morreu na EE Sapopemba, zona leste de São Paulo (SP), ao ser baleada por outro estudante de sua turma do 1º ano do Ensino Médio. Outras duas estudantes, também baleadas, foram levadas para o hospital e não correm mais o risco de morte.

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Este é o 11º ataque a escola cometido por estudantes e ex-estudantes só no ano de 2023. No Estado de São Paulo, é o 4º. O dado é do estudo em atualização realizado pela pesquisadora Telma Vinha (Unicamp) e equipe para o D3e e B3 Social. Do total de ataques registrados desde que o primeiro aconteceu na Bahia em 2001, 20 ataques (57%) ocorreram entre 2022 e 2023, segundo a pesquisa.

O autor dos disparos tem 16 anos e foi detido. De acordo com a apuração do UOL, a arma utilizada pertence ao pai e era legal. Além disso, o jovem já havia feito registro de ocorrência em abril deste ano alegando sofrer bullying, em forma de agressões e ameaças de outros alunos. Ainda de acordo com o UOL, há semanas o adolescente avisava que cometeria um massacre.

Poucas horas após o ataque, o ministro da Justiça, Flávio Dino, manifestou solidariedade às vítimas, suas famílias e à comunidade escolar em suas redes sociais e disse que vai auxiliar a polícia de São Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou nas redes sociais, afirmando que não é possível normalizar esse tipo de tragédia e nem o acesso às armas :

O governador paulista, Tarcísio de Freitas, pontuou que a prioridade no momento é apoiar os “estudantes, professores e familiares”:

Em nota, o governo de São Paulo também afirmou que “a prioridade nesse momento é o atendimento às vítimas e o apoio psicológico aos alunos, profissionais de educação e familiares”.

Também em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) afirmou que o espaço escolar deve ser “um local de troca de conhecimento e afeto, nunca de violência e barbárie”.

A pasta também prestou solidariedade às vítimas e comunidade escolar, bem como se colocou à disposição para contribuir “com as medidas emergenciais de apoio a vítimas e familiares, bem como para construir ações preventivas para que novos casos do tipo sejam evitados”.

 

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