publicado dia 08/03/2024

6 ativistas e intelectuais negras e indígenas para você se conectar

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🗒️Resumo: Conheça 6 mulheres que são intelectuais e ativistas pelos direitos humanos e que compartilham em suas redes sociais um pouco de seus conhecimentos e perspectivas acerca de questões urgentes para o Brasil e o mundo.

Entre os temas mais urgentes para a sociedade, da luta antirracista e dos direitos humanos à preservação do meio ambiente e enfrentamento à crise climática, mulheres negras e indígenas lideram a produção e o compartilhamento de conhecimentos, bem como estão à frente de ações concretas na construção de um Brasil e um mundo melhor para todas as pessoas.

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Para divulgar suas trajetórias e contribuições, o Centro de Referências em Educação Integral preparou uma lista com 6 ativistas e intelectuais que fazem das redes sociais mais uma de suas ferramentas de luta.

Nas postagens, dividem suas ações, conhecimentos, análises sobre políticas e grandes eventos, bem como participam do debate público trazendo perspectivas inovadoras e humanitárias. Antirracismo, direito dos povos indígenas e luta pelo meio ambiente estão no foco de seus empenhos. 

Para as professoras, podem ser uma fonte para aprofundar conhecimentos e de inspiração de temas para debater com as turmas. Ainda, pode disparar trocas sobre quem são as mulheres inspiradoras que os adolescentes acompanham nas redes sociais. 

Confira a lista de 6 ativistas e intelectuais negras e indígenas para seguir: 

Txai Suruí | @txaisurui

Guerreira indígena do povo Paiter Suruí, de Rondônia, Txai foi a única brasileira a discursar na Conferência da Cúpula do Clima (COP26) em 2021, expondo o avanço da crise climática sobre a Amazônia.

No ano seguinte, lançou o documentário O Território, do qual é produtora, que registra o desmatamento e invasões de terras por grileiros e garimpeiros ilegais. Em 2024, a produção venceu o Emmy. Sua atuação também é expressiva na luta pela demarcação de terras.

Primeira indígena do povo Suruí a cursar direito na Universidade Federal de Rondônia. É fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e atua na parte jurídica da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), entidade que defende a causa indígena em Rondônia.

Bárbara Carine | @uma_intelectual_diferentona

“Uma intelectual diferentona” nas redes sociais, Bárbara Carine é crítica ao padrão acadêmico branco e eurocêntrico das escolas e universidades brasileiras. 

É por isso que se empenha em divulgar conhecimentos em outros formatos e linguagens, por exemplo, por meio de suas redes sociais. E é neste mesmo sentido que funda a Escola Afro-Brasileira Maria Felipa, primeira escola Afro-brasileira do Brasil a ser reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

Autora de dez livros, entre eles “Como ser um educador antirracista” (Editora Planeta, 2023), Bárbara também é palestrante e professora efetiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem mestrado e doutorado em ensino de Química pela mesma instituição, é colaboradora do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP) e foi finalista do Prêmio Jabuti por dois anos seguidos.

Samela Sateré-Mawé | @sam_sateremawe

Uma das porta-vozes do povo Sateré-Mawé, Samela cresceu vendo a avó, Zenilda Sateré, fundadora da Associação de Mulheres Indígenas Sateré Mawé, lutar pelos direitos da floresta e dos povos originários, sobretudo mulheres.

Bióloga formada pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Samela também é comunicadora e ativista ambiental, atuando como apresentadora do canal Reload e do site Amazônia Real, além de fazer parte do “Fridays for Future”, movimento criado por Greta Thumberg.

Ainda, integra a equipe de comunicação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).

Carla Akotirene | @carlaakotirene

Doutora em Estudos Feministas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Carla Akotirene é professora na mesma instituição, atua junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) como assistente social, e é consultora em Políticas Antirracistas.  

No debate público, é voz reconhecida em temas como feminismo negro, racismo estrutural, equidade de gênero e interseccionalidade. Também criou o curso de extensão Opará Saberes, para capacitacão de candidaturas negras ao mestrado e doutorado em universidades públicas.

É autora das obras “O que é Interseccionalidade” (Pólen Livros, 2019), “Ó paí, prezada: racismo e sexismo institucionais tomando bonde nas penitenciárias femininas” (Jandaíra, 2020) e “É fragrante fojado dôtor vossa excelência” (Civilização Brasileira, 2024).

Alice Pataxó | @alice_pataxo

Malala Yousafzai indicou Alice Pataxó ao prêmio da BBC “100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo em 2022”, que a comunicadora e ativista indígena venceu.

Liderança da aldeia Craveiro, na Bahia, desde os 15 anos, seu engajamento começou por meio do movimento estudantil. Hoje estuda Direito na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e se dedica a formar outros indígenas na área da comunicação para ajudá-los a defender seus territórios e outros direitos.

Porta-voz da defesa dos direitos indígenas e do meio ambiente na COP26 e a primeira indigena Embaixadora da WWF Brasil, Alice é jornalista no Projeto Colabora e no Yahoo Notícias e colunista do Fontes BR e no blog da Tucum Brasil. Também é integrante das Cunhataí ikhã (Meninas na luta) um projeto da Anaí-Associação Nacional de Ações indigenistas, que luta pela igualdade de gênero no acesso à Educação nas aldeias.

Djamila Ribeiro | @djamilaribeiro1

Filósofa, ativista, feminista, escritora, colunista e pesquisadora. Estas são algumas das várias atividades que Djamila Ribeiro desenvolve na luta por justiça e equidade nas relações raciais e de gênero.

Vastamente premiada por sua atuação e produções, Djamila é mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professora convidada na Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Desde 2022, é membro da Academia Paulista de Letras, e em 2016 foi secretária-adjunta de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo.

Em 2022, funda o Espaço Feminismos Plurais, dedicado à orixá Iansã e voltado ao atendimento gratuito de mulheres em serviços como psicologia, odontologia, suporte a vítimas de violência doméstica, profissionalização de negócios, aconselhamento jurídico e eventos culturais.

“A escola não ensina sobre as lutas e conquistas das mulheres e pessoas negras”

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