A gordofobia é caracterizada por um preconceito contra pessoas gordas e que se manifesta, desde atitudes e falas, até toda a estrutura da sociedade. É achar que pessoas gordas, necessariamente, não são saudáveis. Ou que são engraçadas e atrapalhadas. Que querem – ou deveriam querer – emagrecer. Tem a ver com noções errôneas disseminadas pela Medicina, como a obesidade e estar acima do peso ideal – ideal para quem?

Leia + Como combater a gordofobia nas escolas?

Para explicar mais sobre o tema, a Hora do Intervalo recebeu Adriana Santos, ativista feminista antigordofobia e fundadora do Coletivo VAITERGORDA, e Agnes Arruda, jornalista, mestre e doutora em Comunicação. Autora de “O Peso e a Mídia: as faces da gordofobia” (Alameda, 2021), do infantil “Medusa: a história que não te contaram” (2020) e do “Pequeno Dicionário Antigordofóbico” (Provocare, 2022).

As especialistas explicaram como essa violência permeia nossa sociedade e, portanto, também as escolas. Além disso, apontaram caminhos para enfrentar a gordofobia e indicaram materiais para quem quiser se aprofundar.

Confira a lista de materiais sobre gordofobia:

Livro “Gordinhas“, por Ladjane Alves Sousa (Editora Edufba)

A obra acompanha Laura, uma mulher de 40 anos que compartilha uma história marcante de sua infância, vivida por ela e suas amigas na escola, quanto tinha apenas seis anos. “Fala muito sobre a questão de ser gorda e negra, principalmente no ambiente escolar”, explica Adriana.

Malu Jimenez e Agnes Arruda

Adriana indica as obras destas duas autoras e pesquisadoras, bem como acompanhar as discussões que elas trazem suas redes sociais. “Siga pessoas gordas, que realmente vão levantar sua autoestima e trazer mais conhecimentos sobre a pauta. Que elas possam ser uma inspiração para você, para as escolas”, diz. A Agnes Arruda, inclusive, possui um canal no Youtube em que explica do forma didática vários conceitos relacionados ao tema.

Projeto Lute como uma Gordinha

“Tem o livro para as crianças e as aulas para a formação de professores”, explica Agnes sobre o projeto que usa uma linguagem simples para dialogar diretamente com as crianças e explicar o que é essa forma de violência e como combatê-la na escola.

Livro “Eu só cabia nas palavras“, por Rafaela Ferreira (Editora HarperCollins)

A obra é inspirada nas vivências da autora enquanto criança gorda. “Vale a pena conhecer a narrativa da pessoa gorda. Falar sobre nossas vivências é, até agora, muito difícil. Então precisamos ouvir mais as pessoas gordas para poder fazer um exercício de empatia”, afirma Agnes.

Confira a live Hora do Intervalo na íntegra, com Adriana Santos e Agnes Arruda:

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Educação Integral (@cr.educacaointegral)