publicado dia 31/05/2023

4 materiais para apoiar a garantia de direitos dos estudantes de forma intersetorial

Reportagem:

Enfrentar a questão dos ataques às escolas envolve, entre outras medidas, garantir que nenhuma criança e adolescente tenha seus direitos violados na escola, no bairro e na família.

Leia + Conheça o especial “Escola Segura: Cultivando a Cultura de Paz”

Essa é a perspectiva de Ana Lucia Sanches, Secretária de Educação de Diadema (SP), e Carla Guimarães, psicóloga escolar na rede municipal de Educação de São Paulo (SP), que participaram da live Hora do Intervalo em maio.

Elas explicaram que a violência que atinge a escola é a mesma que permeia a sociedade e infringe os direitos dos estudantes. Nisso, a escola tem um papel central em promover o acolhimento, articular a rede de proteção integral, e atuar para interromper ciclos de violência antes de eles se tornarem extremos.

Em Diadema, por exemplo, o Programa Escola que Protege e o Observatório de Segurança Escolar identificam situações de violência e violação de direitos e propõe soluções intersetoriais e construídas de forma coletiva.

Uma das principais ações é o acompanhamento da frequência dos estudantes, porque identificaram que nem todo mundo que falta à aula está em violação de direitos mas, em todos os casos de violação que encontraram, as crianças e adolescentes apresentavam baixa frequência.

“A escola é um ambiente de paz, não é violento, é muito cruel reportar à escola esses atos violentos. Eles vem de fora, da sociedade civil. Então a gente vem discutindo com as famílias, outras Secretarias, como a de Segurança Cidadã, que se combate violência a partir da cultura de paz“, disse Ana Lucia.

Para Carla, o diálogo é o passo inicial. Ela destaca que a escola não pode ignorar sinais de violência contra os estudantes e trazer o tema para conversas individuais, com a família e a rede de proteção intersetorial.

Da mesma forma, é preciso falar sobre as violências que acontecem na escola, por exemplo entre os estudantes, e conversar sobre isso. “É muito diálogo e escuta. E isso também vale para os professores, porque eles precisam ser cuidados, já que são eles que estão todos os dias com os estudantes, e precisam participar da construção de soluções”, afirmou Carla.

Confira 4 materiais que podem ajudar a promover a cultura de paz e garantir os direitos de crianças e adolescentes:

A construção do trabalho coletivo na escola: reflexões e proposições

Entendendo que a escola é um espaço múltiplo e diverso, construído a partir de muitas vozes, o desafio é ouvir todas essas vozes sem silenciar nenhuma delas, fortalecer as ações, debater e refletir acerca dos processos que garantem os direitos de desenvolvimento, permanência e aprendizagem de todos os estudantes.

O documento propõe estratégias para pensar e construir um espaço que seja possível de ser trilhado por todos que compõem a escola, tornando-a singular e potente.

Diálogos com o NAAPA entre adolescentes e educadores: construindo relações dialógicas mediadas pela arte

Enxergar os conflitos recorrentes entre estudante adolescentes e professor na escola a partir de outras perspectivas pode contribuir para compreender toda a complexidade e potência que existe nisso.

Este material reflete sobre o tempo da adolescência e a relação com os educadores mediada pela arte. Também descreve experiências promotoras de aprendizagem e desenvolvimento, como também construtoras de relações dialógicas e facilitadoras do encontro com esse tempo da vida.

Vulnerabilidade e educação

O texto literário pode ser o caminho para estabelecer a escuta e o diálogo. A leitura de um conto, de um poema ou de uma crônica pode ser disparadora de questões enfrentadas por todos, como o medo, a tristeza, a raiva e a vulnerabilidade.

Essa é a aposta do documento que propõe estratégias para dialogar sobre as tantas situações e contextos que fragilizam e marcam crianças e adolescentes, o primeiro passo para poder começar a enfrentá-las.

Conhecer para proteger: enfrentando a violência contra bebês, crianças e adolescentes

Este material traz possibilidades de ação para a prevenção, por meio do olhar atento aos sinais de alerta, por procedimentos internos na escola, pelo encaminhamento e acompanhamento dos casos em parceria com a escola e com os integrantes da rede de proteção à infância e à adolescência.

Assista à Hora do Intervalo na íntegra:

Como a Educação Integral apoia o enfrentamento à violência nas escolas

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