Nos anos 80, o líder de direitos civis Benjamin Chavis, que chegou a trabalhar ao lado do Dr. Martin Luther King Jr., cria o termo racismo ambiental, em meio a manifestações e reivindicações do movimento negro norte americano.
O conceito surgiu a partir de sua observação de um padrão que se repetia: áreas negras, de latinos e hispânicos, costumavam ser mais impactadas por degradação ambiental e despejos tóxicos do que as áreas ocupadas por pessoas majoritariamente brancas.
O racismo ambiental, portanto, define a forma desigual com que os problemas ambientais impactam as populações. As mais afetadas são as que já estão submetidas a outras vulnerabilizações raciais, sociais e econômicas.
No contexto brasileiro atual, o racismo ambiental se faz presente quando falta água e o esgoto é ao céu aberto nas periferias, mas não nas áreas nobres. Quando não há pessoas negras e indígenas decidindo, nos espaços de poder, sobre seus próprios territórios.
Racismo ambiental e Educação
Seu enfrentamento passa por combater o racismo em toda a sociedade e as escolas podem contribuir por meio da Educação Ambiental e da formação democrática e para a cidadania dos estudantes.
Ainda, incentivando a postura ativa e protagonista de crianças e jovens, que podem atuar em seus territórios a partir de um conjunto de ações planejadas coletivamente e intersetorialmente, ou seja, com a presença da comunidade escolar e das lideranças comunitárias, em articulação com as demais Secretarias e agentes do território.
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