O termo refere-se à abordagem pedagógica que incorpora os elementos dos jogos e das brincadeiras com o intuito de favorecer o processo de ensino-aprendizagem. A palavra “lúdico” é oriunda do latim ludus, que significa brincar ou jogar.
Nesta perspectiva, a ludoeducação se apoia na brincadeira para oferecer oportunidades para a criança explorar, aprender a linguagem e solucionar problemas. Neste ensejo, possibilita experiências de aprendizagem mais instigantes e prazerosas e, portanto, mais engajadoras para alunos de todas as idades e também professores.
O potencial educativo das práticas lúdicas é vasto: estimula a coordenação motora, as habilidades intelectuais, o desenvolvimento emocional, além da comunicação verbal e não-verbal do indivíduo. Por meio da brincadeira, as crianças compreendem papéis sociais, avaliam soluções, negociam, fazem estimativas, planejam, além de socializarem com seus pares.
O jogo também oportuniza a assimilação de conhecimento por constituir-se como o espaço da criação cultural por excelência.
Segundo o teórico Lev Vygotsky, ainda que se possa comparar a relação brinquedo-desenvolvimento à relação instrução-desenvolvimento, o brinquedo proporciona um campo muito mais amplo para as mudanças quanto a necessidades e consciência.
“A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criação de propósitos voluntários e a formação de planos de vida reais e impulsos volitivos aparecem ao longo do brinquedo, fazendo do mesmo o ponto mais elevado do desenvolvimento pré-escolar. A criança avança essencialmente através da atividade lúdica”.
Referências
KISHIMOTO, Tiziko Morchida et al. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learnirng, 2002.