Publicado dia 09/03/2023

Escola da Ponte

Existe em Portugal, próxima à cidade do Porto, uma escola que dá concretude aos ideais de uma educação integral, inclusiva, pública e democrática: é a Escola da Ponte. Fundada em 1976, ela atende estudantes de 5 a 14 anos e tem como projeto “Fazer a Ponte”, ou seja, formar cidadãos autônomos, solidários e comprometidos com a democracia.

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“Todos precisamos de aprender e todos podemos aprender uns com os outros e quem aprende, aprende a seu modo no exercício da Cidadania”, diz um trecho da definição do projeto da Escola da Ponte, que tem o educador José Pacheco como um de seus idealizadores.

Para cultivar esses ideais, a escola foge ao modelo tradicional de ensino e repensa toda a pedagogia e infraestrutura. Assim, não existem salas de aula, no sentido tradicional, mas espaços de trabalho, onde são disponibilizados diversos recursos, como livros, dicionários, internet, vídeos e outras fontes variadas de conhecimento.

Os estudantes, que se agrupam e reagrupam de diferentes maneiras, com autonomia, de acordo com seus afetos e interesses, não são divididos por idade, mas convivem juntos neste mesmo espaço de trabalho, repletos de mesas redondas que favorecem conversas.

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Fachada da Escola da Ponte, em Portugal

Crédito: Escola da Ponte

No lugar de aulas, os educadores propõem projetos de pesquisa que tenham conexão direta com a realidade e os interesses das crianças e adolescentes. Além de observar como vai o desenvolvimento deles em relação às aprendizagens, também estão atentos a como vai a vida fora da escola.

Cada estudante escolhe ainda um tutor, qualquer indivíduo da comunidade escolar – funcionários, professores, familiares -, que será responsável por orientá-lo no percurso pedagógico que ele estabelece para si mesmo. Dessa forma, o aluno e seu tutor avaliam juntos como foi o processo de aprendizagem, se os objetivos foram alcançados, se ficou alguma dúvida e se a criança ou o adolescente está satisfeito com o que alcançou.

Em vez de provas, o tutor e estudante estabelecem que mecanismo utilizarão para aferir a satisfação e se o conteúdo foi assimilado, em um processo bastante dialógico e em si educativo.

Rubem Alves Fala sobre a Escola da Ponte:

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