Na concepção da Educação Integral, a educação sexual ou educação em sexualidade engloba uma série de conhecimentos sobre saúde, corpo humano, identidade, sentimentos, bem-estar, consentimento, responsabilidade, autoproteção e tipos de toques que os outros estão autorizados ou não em relação ao corpo da criança e do adolescente, como forma de prevenção à violência sexual.
Nenhuma educação sexual visa ensinar ou estimular que os alunos pratiquem algum tipo de ato sexual em si.
Para a Educação Integral, a responsabilidade pela educação sexual de crianças e adolescentes é compartilhada entre famílias e escolas, e se mostra como alternativa de fonte mais segura de informações do que a internet ou outros meios afins.
De acordo com um levantamento realizado em 2022, 73% dos brasileiros concordam que a educação sexual deve estar presente nas escolas. Além disso, a maioria (9 em cada 10) acredita que discutir o assunto no ambiente escolar pode apoiar a prevenção contra o abuso sexual de crianças e adolescentes.
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Os dados são das pesquisas Ultraconservadorismo na Educação e Pesquisa nacional Educação, Valores e Direitos, realizada pelo Datafolha a pedido do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e da Ação Educativa.
A educação sexual nas escolas
Nas escolas, o conteúdo é abordado com material adequado a cada faixa etária, tendo por base as rodas de conversa e a escuta das dúvidas das crianças e adolescentes.
No Brasil, foi a partir de meados dos anos 80 que a a demanda por trabalhos na área da sexualidade nas escolas aumentou, como forma de combater a epidemia de AIDS e a gravidez precoce.
Hoje, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estipula como finalidade da educação “o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania”, o que envolve discutir todos os temas que permeiam a vida cotidiana dos estudantes. Além disso, os parâmetros curriculares nacionais preveem a educação sexual nas escolas desde 1997.