publicado dia 09/01/2024
Educação antirracista: 10 obras gratuitas e importantes do CEERT
Reportagem: Da Redação
publicado dia 09/01/2024
Reportagem: Da Redação
🗒 Resumo: Entre os materiais sobre Educação antirracista mais lidos de plataforma do CEERT, destacam-se os que abordam escrevivências, formação docente, tradição oral, inclusão, relatos de experiências práticas, jogos e brincadeiras. Acesse os conteúdos, que são inteiramente gratuitos.
A plataforma ANANSI – Observatório da Equidade Racial na Educação Básica, do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), compilou as 10 obras que mais fizeram sucesso em 2023.
Elas fazem parte de sua ampla biblioteca digital e gratuita com foco na educação antirracista. Confira os materiais mais acessados:
Caderno Metodológico – Por uma infância escrevivente: práticas de uma educação antirracista
A obra nasce do projeto de etnopesquisa-ação, de mesmo nome, e foi publicado por Fátima Santana Santos, Cristiane Melo, Elisiane Lima e Mabian Ribeiro, em 2022. O conteúdo é resultado das escrevivências infantis de crianças de 0 a 5 anos, perguntando, investigando e construindo respostas, com a firmeza propositiva necessária à produção de conhecimentos que viabilizem experiências da felicidade para as crianças.
O artigo reúne ações realizadas pelo LitERÊtura – Grupo de estudos e pesquisas em diversidade étnico-racial, literatura infantil e demais produtos culturais para as infâncias, da Universidade Federal do Espírito Santo. As autoras Débora Cristina de Araujo, Sonia Dalva Pereira da Silva, Daniela dos Santos Alacrino e Amanda Ribeiro de Almeida refletem sobre cursos de formação continuada e pesquisas desenvolvidas no grupo, que enfocaram famílias negras na literatura infantil e o PNLD Literário.
Griôs são contadores/as de histórias da tradição oral africana, que repassam os acontecimentos milenares dos povos africanos, palavra por palavra, a outras gerações. No livro ‘Conselho dos Griôs’, Manoel Filho Borges e Lucelina Gomes dos Santos contam detalhes do trabalho dessas sábias pessoas na Comunidade Quilombola Dona Juscelina, em Muricilândia, no Tocantins.
Este livro representa a culminância de um projeto desenvolvido em um colégio de aplicação federal, entre 11/2020 e 04/2022, com o objetivo de construir uma educação antirracista. Finalizado o projeto, a conquista da equidade étnico-racial e a implementação de práticas educacionais antirracistas seguem como desafios e sonhos compartilhados. Nele, são oferecidas, para leitura e debate, produções que demarcam caminhos que podem nos levar a tal conquista.
O brincar é um dos aspectos essenciais para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. A discussão do tema no campo étnico-racial, no entanto, ainda é escassa. Por isso, a professora mineira, pesquisadora do campo da infância e das relações raciais, Fabiana de Oliveira, se dedicou a compreender alguns aspectos do tema por esse viés e, como resultado, desenvolveu o artigo “A relação entre os aspectos materiais das culturas infantis e a questão étnico-racial na infância”.
Os profissionais da escola do Quilombo Dona Juscelina, em Muricilândia (TO), sentiram falta de materiais de referência sobre educação antirracista e educação quilombola. Pensando nisso, a equipe elaborou um livro para inspirar outros/as educadores/as e a própria comunidade. Desse modo, propõem um lugar de discussão, fomento e produção de uma linguagem, bem como de práticas didático-pedagógicas capazes de ampliar o espaço de interação das experiências vivenciadas pelos estudantes das comunidades de remanescentes quilombolas.
Quando Yacine Tavares partiu de Guiné-Bissau ao Brasil, a estudante de pedagogia na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) veio com a ideia de estudar jogos e brincadeiras africanos e afro-brasileiros. O encontro com a professora e orientadora Míghian Danae resultou no Catálogo, que reúne as experiências de países africanos de língua oficial portuguesa, além do Brasil, sendo Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial.
O projeto “Epistemologias antirracistas e Projeto Político Pedagógico: uma pesquisa aplicada no âmbito da Secretaria de Educação de Contagem” foi retratado em um documentário que busca apresentar os principais aspectos da iniciativa. Segundo Rosângela da Silva, geógrafa, gestora pública e membro do comitê gestor, o projeto se pautou na identificação de territórios que apresentavam alto recorte da população negra, além de forte presença de povos e comunidades tradicionais de matrizes africanas e imigrantes.
O artigo apresenta ações e intervenções realizadas pelo LitERÊtura – Grupo de estudos e pesquisas em diversidade étnico-racial, literatura infantil e demais produtos culturais para as infâncias, no âmbito de pesquisas acadêmicas e formação docente para a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER). Trata-se de um grupo com uma breve trajetória (apenas cinco anos), mas que vem se engajando na investigação de temas relacionados à literatura infantil, à formação docente no âmbito da ERER, a outros produtos culturais para as infâncias e à história e cultura afro-brasileira e africana em geral.
Considerando a importância da divulgação de ações que tenham em vista uma educação pautada na equidade racial, o NEABI-UFOP tornou-se um apoiador da pesquisa colaborativa que deu origem à presente obra. Ao longo de seu desenvolvimento, a pesquisa buscou problematizar o PPP de instituições escolares do município de Contagem, em Minas Gerais, cuja população é majoritariamente negra, ao mesmo tempo em que oferecia formação a professoras/es/ e gestoras/es da rede.