publicado dia 25/09/2017

“Cidadania global deve ser ponto-chave da educação”, diz professor de Harvard

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“A educação para a cidadania global é essencial para a criação de um mundo sustentável – um mundo sem pobreza ou fome e onde todos têm acesso à saúde e à educação”.

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É com essa conclusão que Fernando Reimers, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Harvard,  abre seu livro Empoderar crianças e jovens para a cidadania global, lançado em português nesta segunda-feira (25), durante o Seminário Cidadania Global, em São Paulo.

Na obra, Reimers reflete sobre o modelo escolar que temos hoje e propõe mudanças no currículo escolar com o objetivo de empoderar os estudantes para que entendam o mundo em sua complexidade e contribuam para um futuro mais sustentável.

As escolas precisam dar formação para que crianças e adolescentes compreendam o mundo para além da realidade que estão inseridos

“Um currículo que propõe a formação da cidadania global deveria ser o ponto-chave da educação”, afirmou Reimers no encontro.

Nesta perspectiva, Reimers construiu um currículo completo – da Educação Infantil ao Ensino Médio – que contempla atividades e referências para tal formação e defende a importância do papel da escola para que crianças e adolescentes compreendam o mundo para além da realidade que estão inseridos.

Cidadania global na prática

Partindo-se da premissa que as escolas públicas devam ser espaços de promoção da cultura de paz, Reimers diz ainda que falar sobre política, sustentabilidade e direitos humanos em sala de aula é essencial para proporcionar a formação completa dos alunos. “O estudante precisa entender o que é trabalhar para reduzir a pobreza, promover a paz e reduzir a intolerância”, diz.

Logo, as escolas precisam pensar em uma reforma educativa e desenvolver um plano de estratégias para adotar práticas de cidadania global. O primeiro passo é oferecer espaços e suporte dentro da escola para que os professores desenvolvam esse trabalho.

Para isso, aconselha a criação de uma equipe de docentes para estudar o tema e fazer a articulação da escola com o território. “É preciso abrir a escola para o estudo e a compreensão dos problemas da comunidade”, recomenda.

A partir da comunicação com outros setores da sociedade, os professores podem trabalhar com as crianças os mais diversos temas.

Assim, ao repensar as relações do homem com o meio ambiente e apresentar outras realidades de forma a combater a intolerância, os alunos chegam cada vez mais perto de se tornarem cidadãos globais.

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