publicado dia 07/10/2013

Um a cada cinco diretores é indicado por políticos

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A partir de dados do questionário do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2001, verificou-se que um em cada cinco diretores de escolas públicas ocupa o cargo por indicação de políticos locais. Ao todo, 21,8% do total alcançou o cargo por nomeação e alguns não têm sequer relação direta com educação.  Considerando apenas a rede municipal, o número de indicados atingiu quase um terço do total.

Em João Pessoa, coronel foi indicado a diretor Na Escola Estadual Mestre Sivuca, em Mangabeira, maior bairro de João Pessoa (PB), a Polícia Militar indicou ao cargo um coronel da reserva, Claudemir Rodrigues, com o objetivo de conter os índices de violência na unidade. O colégio passou a identificar quem entra na escola e instaurou grades no prédio. A violência diminuiu, mas o desempenho acadêmico dos estudantes, que já era considerado ruim, caiu nos últimos dois anos. Segundo a escola, o coronel foi eleito pela comunidade no ano passado, mas foi o único candidato à vaga.

O maior índice desse tipo de prática foi em Santa Catarina, onde 62% dos diretores são indicados. Para a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime), Cleuza Repulho, esse tipo de indicação é condenável. “A escola precisa de profissionais habilitados”, afirmou em entrevista à Folha de São Paulo. O Ministério da Educação afirmou que as redes têm autonomia para decidir a contratação dos profissionais, mas que recomenda que a escolha seja feita baseada em mérito, experiência e capacidade do indivíduo. Nessa perspectiva, o governo de Santa Catarina estuda para 2015 que os candidatos à direção das unidades apresentem um plano de trabalho e metas pedagógicas. Se não as cumprirem, os empossados poderão ter seus mandatos suspensos. Nessa perspectiva, Sergipe e Tocantins também estudam mudanças. O Maranhão aprovou como lei a realização de eleições para escolha dos diretores. Na cidade e no estado de São Paulo, a nomeação ao cargo se dá por concurso público. Porém, em momentos de transição (como quando o diretor se aposenta), até que novo concurso seja aberto, o cargo acaba ocupado por profissional indicado.

As informações são da Folha de São Paulo.

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