publicado dia 14/10/2019

O Nobel de Economia e o combate às desigualdades

Reportagem:

Divulgado hoje, 14, os vencedores do Prêmio Nobel de Economia foram reconhecidos pela “abordagem experimental para aliviar a pobreza global”.

O indiano Abhijit Banerjee, a francesa Esther Duflo e o americano Michael Kremer demonstraram que a pobreza pode ser combatida de forma mais eficiente se dividida em ações menores e mais precisas em áreas como educação e saúde, e a partir de experimento de campo em países como Quênia e Índia.

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Segundo o júri, os estudos e novas abordagens desenvolvidas pelo trio permitiram, por exemplo, ações mais eficazes para melhorar a saúde infantil e o desempenho escolar, como reformas educacionais que adaptam o ensino às necessidades dos alunos, e reforçam a importância de ações específicas para estudantes com dificuldades de aprendizagem.

Como resultado direto, mais de 5 milhões de crianças se beneficiaram na Índia com programas de aulas de reforço na escola, e significativos ​​subsídios para cuidados de saúde preventivos foram introduzidos.

“As descobertas das pesquisas dos premiados – e as dos pesquisadores que seguem os passos deles – melhoraram drasticamente nossa capacidade de combater a pobreza na prática.” O Comitê destacou ainda que as pesquisas “têm um grande potencial para melhorar ainda mais a vida das pessoas.”

O reconhecimento surge na esteira de evidências colhidas nas últimas décadas que ligam a importância da Educação para a Economia, e da aprendizagem para as condições de vida futura —como renda, saúde e empregabilidade— de crianças e jovens.

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Apesar da melhora nos padrões de vida, mais de 700 milhões de pessoas ainda subsistem com rendas extremamente baixas. A cada ano, cerca de 5  milhões de crianças menores de cinco anos morrem por doenças que poderiam frequentemente ser prevenidas ou curadas com tratamentos que não são caros. Metade das crianças do mundo ainda abandona a escola com capacidades apenas básicas de leitura e aritmética”salientou a  Academia Real de Ciências da Suécia – responsável pela premiação.

 

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