A Educação Inclusiva é aquela que reconhece que há barreiras arquitetônicas, relacionais, comunicacionais e atitudinais que impedem o acesso, permanência e desenvolvimento integral das crianças na escola. 

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Isso significa reconhecer que não há nada de errado com os sujeitos, que têm o direito de ser, estar e se expressar no mundo das mais diversas formas. Cabe à escola adaptar-se a isso.

Esta forma de conceber a Educação cria um espaço escolar que beneficia não apenas os estudantes com deficiência, mas todos, já que incentiva a comunidade escolar a acolher e valorizar todas as diversidades, um princípio basilar dos Direitos Humanos.

Para contribuir com a materialização da Educação Inclusiva nas escolas, e fora delas, o Centro de Referências em Educação Integral selecionou três formações e quatro publicações, todas virtuais e gratuitas. Confira a seguir: 

Formações continuadas em Educação Inclusiva

Formação Junta!, do Instituto Cáue

O Instituto Cáue – Redes de Inclusão oferece uma formação gratuita e virtual com especialistas em Educação Inclusiva e Direitos Humanos. O percurso aborda conceitos, práticas e leis que devem subsidiar uma escola contemporânea e para todos e todas.

Plataforma de formação do Instituto Rodrigo Mendes

As formações são virtuais, gratuitas e voltadas para professores, gestores escolares, técnicos e gestores das Secretarias de Educação, familiares e interessados em geral. 

Atualmente, há dois cursos disponíveis. O primeiro debate caminhos para um planejamento pedagógico inclusivo e o segundo, como ressignificar as práticas de Educação Física a partir da perspectiva inclusiva.

Grupo de Estudos em Educação Inclusiva, de Nathália Meneghine

Psicóloga e professora há 20 anos na rede municipal de Juiz de Fora (MG), a especialista possui formação específica em Atendimento Educacional Especializado (AEE), é especialista em Educação pela PUC-RS, e integrante do Instituto Cáue – Redes de Inclusão.  

Nathália conduz um grupo de estudos sobre Educação Inclusiva, com duas turmas semanais às segundas e quintas-feiras, sempre das 19h às 20h30 (horário de Brasília). A participação é online e os detalhes para acessar podem ser verificados no perfil do Instagram da especialista (@nathaliameneghine). 

Publicações e outros materiais

Guia Combata o Capacitismo, por Fiocruz

Em linguagem simples e acessível, o guia de 11 páginas explica como funciona o sistema de opressão do capacitismo e oferece dicas práticas de como eliminar expressões preconceituosas do vocabulário e educar crianças para a convivência com as diversidades. 

Livro Como educar crianças anticapacitistas, por Mariana Rosa e Karla Garcia Luiz (Universidade do Estado de Santa Catarina, 2023)

A obra explica como as crianças não nascem sendo capacitistas, mas aprendem isso por meio dos adultos, da linguagem e da cultura ao redor, o que significa que também podem aprender a ser anticapacitistas. 

Em seguida, o livro discorre sobre questões de convivência, escola, ética do cuidado, diversidade de fontes de conhecimento e também orientações para colocar em prática estes aprendizados. 

A consideração da imprevisibilidade e da liberdade na construção de uma escola inclusiva, por José Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti (Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 2022)

Professor da Educação Básica e Presidente da Comissão Multidisciplinar Permanente de Acessibilidade da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inclusão da mesma instituição, Lanuti propõe uma reflexão sobre como as práticas pedagógicas podem ser inclusivas ou excludentes.

Na pesquisa, o autor compartilha suas experiências na promoção de uma Educação inclusiva na escola e relata ter encontrado na imprevisibilidade e na liberdade os pilares para edificar uma escola para todos. 

Artigo Confluências entre deficiência e infância: um ensaio sobre opressões e políticas de cuidado (Revista Zero-a-seis, edição 24, 2022)

Articulando o conceito de capacitismo com as opressões que se dão em relação às crianças, as autoras Laureane Marília de Lima Costa, Carla Biancha Angelucci e Mariana Rosa discutem como a falta de políticas públicas de cuidado aprofunda as desigualdades e as experiências de violência e de negação de direitos para crianças, pessoas com deficiência e suas cuidadoras e cuidadores.

*Colaborou Bianca Ramos Soares, Coordenadora de Desenvolvimento Institucional do MAIS/Movimento Down e Gestora de projetos na Associação Cidade Escola Aprendiz.