publicado dia 22/10/2014
Conheça os docentes e projetos premiados no Educador Nota 10
Reportagem: Ana Luiza Basílio
publicado dia 22/10/2014
Reportagem: Ana Luiza Basílio
Na noite desta segunda, 21 de outubro, convidados se reuniram na Sala São Paulo, em São Paulo (SP) para acompanhar o fechamento da 17ª edição do Prêmio Educador Nota 10, uma iniciativa da Fundação Victor Civita, em parceria com a Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho. Foram condecorados 10 educadores e, dentre eles, nomeado o educador do ano.
De maneira geral, as iniciativas selecionadas ampliam as oportunidades educativas dos estudantes ao considerar contextos para além do ambiente e conteúdos tradicionalmente escolares. O reconhecimento evidencia a necessidade da educação considerar o diálogo com outros saberes e da escola, na figura do professor e corpo docente, mediar essa aprendizagem, que também deve considerar as demandas dos próprios estudantes, da comunidade escolar e do entorno em que ela está inserida. Essa dinâmica traz mais significado ao processo formativo dos indivíduos, contemplando as diferentes dimensões do desenvolvimento humano, como prevê a educação integral.
Conheça as experiências:
A docente de Joinville (SC) foi eleita educadora do ano a partir do projeto que desenvolve com crianças na CEI Odorico Fortunato. A proposta valoriza a aprendizagem em diálogo com o território, a partir de percurso educativo em que os alunos e comunidade são incentivados a conhecer o mangue, ecossistema presente no entorno da escola, e a valorizá-lo como parte constituinte da localidade que habitam.
O resgate da diversidade cultural e histórica é um traço marcante do projeto realizado com os alunos do 6º ano da Escola Estadual Padre Paulo, em Santo Antônio do Monte (MG). Ao perceber que parte dos alunos eram filhos de migrantes, a docente procurou valorizar essas histórias e incumbiu os alunos a buscar esses relatos com seus familiares, que deveriam ser ouvidos, escritos e reescritos em outros contextos, incentivando a produção da turma, e possibilitando aprendizagem sobre contos e elementos da escrita e da oralidade.
Introduzir receitas culinárias no cotidiano dos alunos foi a forma encontrada pela docente para trabalhar com as medidas matemáticas. A turma do 2º ano da Escola da Vila, em São Paulo, foi envolvida com o preparo de vários alimentos, especialmente aqueles que possibilitassem contato com uma diversidade de medidas, como quilo, grama, litro etc.
Aproximar o conhecimento histórico da vivência dos alunos. Esse era o objetivo da proposta realizada pela educadora de História aos alunos do 6º ano da EM Profª Maria Regina Leal, em Joinville (SC). A partir da temática “sambaquis”, a professora mediou um trabalho de pesquisa para que os alunos aprofundassem seus conhecimentos sobre essas formações, e pudessem compartilhar as aprendizagens adquiridas com toda a comunidade escolar.
As aprendizagens circenses ganharam espaço no percurso formativo dos alunos do 9º ano da E. E. Profª Maria Lourdes Bezerra, em Macau (RN). Ciente do desejo dos alunos de entender mais sobre o circo e suas expressões, o docente possibilitou à turma momentos de informação, apreciação e vivência da arte, ampliando suas possibilidades educativas.
“Quem não quer escrever um livro, não é verdade?”. Com essa frase, a educadora explica a proposta de aprendizagem direcionada aos alunos do 1º ano da E.E. Professora Laila Galep Sacker, em Sorocaba (SP), que toma como base a lenga-lenga, produção cultural que tem como característica marcante a rima. O trabalho com os textos possibilitou à educadora contornar problemas de leitura e escrita dos alunos, e envolvê-los em suas próprias produções textuais, um dos pontos principais do projeto.
A ideia da educadora de Arte era levar aos alunos do 5º ano da E.M Valéria Junqueira Paduan, de Santa Rita do Sapucaí (MG), uma nova perspectiva sobre os desenhos. A proposta queria valorizá-los de outro ponto de vista, que não o massificado, motivo pelo qual a docente estimou a criação em outras superfícies, que não o papel, e com uso de outros artefatos, que não o lápis. A ideia era valorizar a criatividade, liberdade e construção autônoma das crianças.
O projeto da educadora de Matemática do Colégio Estadual do Ensino Médio e Fundamental Vale do Saber, em Apucarana (PR), nasceu a partir de uma mudança de abordagem pedagógica. Ao perceber a dificuldade de seus alunos com o plano cartesiano, a docente utilizou como estratégia aproximar a temática do cotidiano deles. Uma das soluções encontradas foi propor a projeção de desenhos a partir da orientação dadas por pares ordenados nos eixos das abcissas e ordenadas.
O projeto nasceu com o intuito de promover aos alunos do 8º ano da Emef Caic, em Lorena(SP), maior entendimento sobre os desastres naturais. O trabalho de pesquisa e seminários realizados pelos alunos partiram de uma escala global para a local, de modo que os jovens puderam entender as questões próprias do território e demandar as entidades públicas que poderiam apoiar na solução desses problemas.
A docente da EMEF Fabiano Alves de Freitas, de Ituverava (SP), identificou que os alunos do 4º ano não estavam acostumados a produzir textos, o que a motivou a desenvolver atividades que desenvolvessem habilidades de leitura, escrita e revisão dessas produções. A professora se apoiou no livro As Mil e uma Noites, de Ruth Rocha, e leu para as crianças a história de Sherazade, o que despertou o interesse dos estudantes pelos outros contos, e para outras obras, ampliando o repertório, e possibilitando trabalho mais orientado.