Se o diretor de uma escola quer implementar uma gestão democrática, o processo de implementação em si também deve pressupor decisões em conjunto com a comunidade escolar. Da mesma maneira, os professores devem compartilhar as ações que tomam em sala de aula com os estudantes, escutando-os antes de tomar qualquer decisão que os impacte.
Assim, o princípio de gestão democrático é garantido de ponta a ponta, com as adaptações necessárias. Isso se chama homologia de processos, também conhecida como isomorfismo, que em suma propõe aproximar os discursos e valores da educação ou de uma rede ou escola das ações e metodologias desenvolvidas em seus processos formativos, também alinhados com o currículo.
Principalmente ligado à formação de professores, o termo foi cunhado pelo pedagogo estadunidense Donald Schön, no fim dos anos 90, e reconhece o docente como um autor dos processos de ensino-aprendizagem que, a partir de suas experiências, conhecimentos e contextos, elabora novas experiências com os alunos.
Segundo a homologia de processos, em sua formação, o professor deve utilizar e problematizar as mesmas estratégias que pretende aplicar com seus alunos no cotidiano profissional.
Essa perspectiva se opõe às noções de transmissão do conhecimento e da visão do professor como mero replicador de propostas pedagógicas e visa garantir coerência e significado no ensinar e aprender.
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A formação de professores para o contexto da escola brasileira
Princípios da formação – Paralapracá Os seis desafios do formador – Instituto Avisa Lá