Publicado dia 07/04/2025

Educação Integral Antirracista

Não existe Educação Integral sem o combate ao racismo, porque garantir todos os direitos das crianças e adolescentes, bem como reconhecer e valorizar na escola suas identidades e territórios, é a base para que eles possam se desenvolver integralmente.

Já a Educação para as Relações Étnico-Raciais luta pelo respeito à diversidade que compõe a sociedade brasileira e a garantia dos direitos de todos e da equidade nos processos educacionais.

As duas concepções são, portanto, indissociáveis. É o que propõem as Diretrizes de Educação Integral Antirracista para o Ensino Fundamental: uma contribuição da sociedade civil, publicação que evidencia esse esforço conjunto dos dois campos para potencializá-los, além de dar mais intencionalidade à temática racial na Educação Integral.

Assim, a Educação Integral Antirracista é uma concepção educacional que considera as identidades, as diferenças e as diversidades, as práticas culturais e a interação de grupos e pessoas, os múltiplos saberes e a relação com o meio e o território como partes fundamentais que orientam as ações para promover a aprendizagem e o desenvolvimento integral das pessoas, ou seja, a Educação Integral Antirracista é uma Educação contextualizada, democrática, significativa e emancipatória.

Diretrizes de Educação Integral Antirracista para o Ensino Fundamental: Uma contribuição da sociedade civil

Acesse a publicação.

Para acontecer, ela precisa da ação e das competências da gestão das políticas públicas educacionais, gestão das escolas, gestão pedagógica, gestão das aprendizagens em sala de aula e comunidade escolar.

Todas elas precisam articular e trabalhar a partir de 16 princípios, todos interdependentes para fazer o combate ao racismo e o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes acontecerem na prática.

São eles: antirracismo, contextualização, convivência democrática, desenvolvimento integral, equidade, gestão democrática, inclusão, interculturalidade, interdisciplinaridade, interseccionalidade, intersetorialidade, justiça curricular, solidariedade, sustentabilidade, territorialidade e valorização da diversidade.

A publicação Diretrizes de Educação Integral Antirracista para o Ensino Fundamental: uma contribuição da sociedade civil foi criada sob coordenação da Cidade Escola Aprendiz, Roda Educativa e Ação Educativa, com apoio da Porticus, e contribuição das seguintes organizações, movimentos sociais e especialistas:

Ashoka e Movimento pela Inovação na Educação, Avante – Educação e Mobilização Social, Azania – Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura, Gêneros, Sexualidades, Raça, Classe, Performances, Religião e Educação – UNILAB/CE, CENPEC, CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos, Escola Estadual Indígena Tenente Antônio, Escola Municipal de Ensino Fundamental Waldir Garcia, FOIRN – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, Geledés Instituto da Mulher Negra, Instituto Acaia, Instituto Alana, Instituto Amma Psique e Negritude, Instituto Rodrigo Mendes, Itaú Social, Núcleo de Estudos Africanos, Afrobrasileiros e Indígenas da Universidade da Integração da Lusofonia Afrobrasileira, Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da Universidade Federal de São Carlos, Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena da Universidade Federal do Amazonas, Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Maranhão, Observatório da Branquitude, Profª Claudia Santos – do Observatório Nacional de Educação Integral da Universidade Federal da Bahia, Profª Gina Vieira Ponte – do Conselho Consultivo do Centro de Referências em Educação Integral, Profª Tania Mara – Secretária Municipal de Educação de Santa Bárbara D’Oeste e UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância.

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