Universidade Federal do Rio Grande do Sul forma educadores via especialização em Educação Integral

Publicado dia 15/10/2013

Iniciativa: Curso de Especialização em Educação Integral Integrada na Escola Contemporânea

Pública ou Privada: Pública

Descrição

Desde que o programa Mais Educação foi lançado pelo governo federal, o tema da Educação Integral passou a fazer parte das políticas públicas de diversos municípios brasileiros.

A concepção, porém, ainda é  novidade para boa parte dos professores. Para driblar os desafios desses profissionais, no início de 2013, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB – MEC),  lançou o curso de especialização em Educação Integral voltado para a escola contemporânea, com o objetivo de capacitar tanto os docentes envolvidos com o Programa Mais Educação, quanto  educadores envolvidos com projetos de educação integral de escolas da capital Porto Alegre ou da região metropolitana.

Mobilização local

Para a realização do curso, foi realizada uma divulgação pelas secretarias e diretorias de educação, que se encarregaram de disseminar a proposta entre as escolas de cada região. Foram ofertadas 55 vagas, preenchidas pelos mais diversos profissionais, entre eles diretores, professores das escolas de Educação Integral e de escolas regulares, educadores comunitários, supervisores escolares e oficineiros da comunidade.

Palestra do Curso de Extensão em Educação Integral/Créditos: Divulgação

Palestra do Curso de Extensão em Educação Integral/Créditos: Divulgação

Dividido em três módulos, as aulas eram realizadas todas as sextas e sábados de cada semana, com conteúdos que davam conta de contextualizar o conceito de Educação Integral, os desafios em lidar com o estudante do século XXI (presente no universo das mídias digitais) e a importância do currículo integrado para a escola de turno integral. Cada módulo tinha, em média, três disciplinas. Ao final de cada ciclo, eram realizados seminários temáticos sobre assuntos que envolvem a Educação Integral, mas que não tinham aparecido como temas estruturantes do curso.

Aprendendo na prática

Para além das aulas teóricas, o curso dava a chance dos profissionais irem também a outros espaços da cidade que possibilitavam oportunidades educativas, como museus e casas de cultura.

Os estudantes tinham também a oportunidade de colocar em prática tudo aquilo que aprendiam no curso, ao ministrar oficinas nas próprias escolas onde trabalhavam. Exemplo disso foi a oficina Tecendo Saberes por uma Educação Integral,  que aconteceu em outubro de 2012, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lidovino Fanton, situada na Restinga, bairro da Zona Sul de Porto Alegre.

Transformada em um grande evento, a oficina contou com apresentações artísticas de estudantes tanto da escola quanto de outras instituições de ensino, como o Centro Municipal de Educação Básica Oswaldo Aranha, da região de Esteio, e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Erna Würth, da cidade de Canoas.

Para a equipe de coordenação do curso, a formação pode levar cada um dos estudantes a repensar seu papel enquanto educador e quais cidadãos querem formar. O curso mostra que a educação integral deve ser realizada de forma singular em cada escola, a partir da realidade de cada instituição, e não como modelo educacional.

Para dezembro de 2013, está previsto um novo curso de extensão com foco em Educação Integral.

Início e duração: início em 30 de março de 2012 e conclusão em  2 de agosto de 2013.
Local: Faculdade de Educação da UFRGS, atendendo escolas da região metropolitana de Porto Alegre (RS).
Responsáveis: Professora Clarice Salete Traversini.
Envolvidos e parceiros: Corpo docente da Faculdade de Educação da UFRGS, Secretarias de Educação, escolas da rede pública da região metropolitana de Porto Alegre.
Financiamento: Secretaria de Educação Básica/Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE).

Principais Resultados

Entre os principais resultados destacados pelos organizadores do curso, ressalta-se a mudança do discurso por parte dos estudantes, que passaram a entender que não existe uma fórmula para a Educação Integral e que o conteúdo e currículo de cada escola vai mudar conforme o contexto em que está envolvida.

Muitos estudantes passaram a olhar para a escola como um pesquisador da mesma, percebendo quais eram as atividades já existentes no espaço e quais poderiam ser as soluções para os problemas enfrentados no cotidiano da unidade.

Materiais e Publicações 

Veja aqui a apresentação do curso.

Leia também o texto As representações culturais sobre o currículo escolar da educação integral a partir do olhar docente, publicado por pesquisadoras da Faculdade de Educação da UFRGS, estudando a percepção dos professores sobre o currículo na Educação Integral.

Contatos

E-mail: [email protected]

Telefone: (51) 3308-4508 (falar com Juliana Freitas).

 

 

 

Especialista defende mudanças na política universitária de formação de professores

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