No Brasil, quase 160,7 mil escolas do campo, indígenas e quilombolas foram fechadas desde os anos 2000. Só no estado do Pará, foram 8,77 mil unidades fechadas. Outras 1,3 mil encontravam-se paralisadas. Os dados são do Censo Escolar 2023.

Para enfrentar o cenário e defender a garantia de direitos destas comunidades, há seis anos acontecem os Seminários de Combate ao Fechamento de Escolas do Campo, Indígenas e Quilombolas, que ganha nova edição em 2024 e será realizado nesta quinta-feira (6/6), das 8h30 às 12h30 (horário de Brasília), na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Castanhal (PA).

O encontro é organizado pelo Fórum Paraense de Educação do Campo e pela UFPA, com apoio de instituições públicas de ensino superior, ministério público estadual e federal e diversas organizações sociais e sindicais do campo e da cidade, que construíram o seminário de forma coletiva.

Além de combater o fechamento das escolas, o movimento reivindica condições dignas de escolarização, de forma diferenciada e presencialmente, combatendo os avanços de negócios, tanto do negócio do transporte escolar, quanto do negócio da EAD (educação à distância com tecnologias digitais), que tem permitido fechamentos disfarçados. 

A defesa é especialmente necessária já que a Educação é crucial para a continuidade da existência e sustentabilidade das comunidades do campo, quilombolas, indígenas, ribeirinhas e extrativistas.

*Foto: Secretaria de Estado de Educação do Pará.