Dirigida para profissionais da Educação Infantil, prioritariamente aqueles que atuam nas escolas públicas, mas sem excluir os demais, a formação em justiça climática é proposta pela Coordenação-Geral de Educação Ambiental para a Diversidade e Sustentabilidade (CGAMS), do Ministério da Educação (MEC), em parceria com universidades públicas, secretarias de Educação e movimentos sociais.

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As inscrições deverão ser feitas até dia 6/9 por meio do formulário. O curso iniciará em setembro e irá até março de 2025. 

A coordenação nacional do curso é composta pelos seguintes grupos de pesquisa: Grupo Infâncias, Tradições Ancestrais e Cultura Ambiental (GiTaKa – UNIRIO), Infâncias, Ambiente e Ludicidade (Ecoinfâncias – FURG) e Grupo de Estudos e Pesquisas das Infâncias (GEPI/UFPel)

“A formação teórico-prática das/dos profissionais tem o objetivo geral de contribuir com ações pedagógicas em defesa das crianças e de seus territórios, com novas formas de pensar e de agir comprometidas com a qualidade da vida na Terra e com a justiça ambiental”, detalha a carta-convite do curso. 

A programação prevê uma carga horária de 180 horas, sendo 140 horas realizadas a distância via plataforma de aprendizagem (Avamec). Já as demais 40 horas serão cursadas de forma presencial, divididas em quatro encontros de oito horas cada, nos polos localizados nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Veja, abaixo, a distribuição de vagas para cada localidade: 

SUDESTE

Rio de Janeiro – RJ (100 vagas)

Sorocaba – SP (100 vagas)

SUL

Canela – RS (50 vagas)

Novo Hamburgo – RS (50 vagas)

Camboriú – SC (100 vagas)

NORDESTE

Natal – RN (100 vagas)

Ilhéus – BA (100 vagas)

NORTE

Palmas – TO (100 vagas)

Cametá – PA (50 vagas)

Mocajuba – PA (50 vagas)

CENTRO OESTE

Corumbá – MS (100 vagas)

Brasília – DF (100 vagas)

Sobre o Curso de Aperfeiçoamento Educação Infantil Ambiental para a Justiça Climática 

O objetivo do curso é apoiar a formação de educadores comprometidos em intervir com as crianças em seus territórios para a justiça climática, produzindo novas formas de pensar e de agir em Educação Ambiental para a qualidade da vida na Terra.

Assim, os conteúdos evidenciam questões que estão na origem da crise climática: questões que dizem respeito às condições de existência em territórios urbanos agroindustriais, como também aos fundamentos filosóficos existenciais que embasam esse modo de vida. 

Além disso, o curso traz fundamentos para pensar os lugares que as crianças ocupam na sociedade do capital e as condições de emparedamento a que, nelas, são submetidas, impedindo que se constituam como seres biofílicos, amantes da natureza, defensores dos territórios onde vivem e convivem, entre humanos e com as demais espécies.

Os objetivos específicos são:

1) Oferecer instrumentos teóricos que possibilitem às/aos cursistas uma compreensão das origens e do atual quadro socioambiental planetário

2) Mobilizar para a criação de metodologias de trabalho cotidiano que conectem as crianças com o território/com a natureza, digam não ao consumismo e o desperdício; reinventem os caminhos de conhecimento, em defesa da integridade de todos os seres viventes, da educação antirracista e contra as injustiças socioambientais 

3) Difundir iniciativas sobre práticas sustentáveis atentas à situação de emergência planetária que contribuam para evitar e/ou reverter os efeitos de um modo de viver capitalista, urbano e industrial, organizado em torno da produção, do consumo e do descarte ininterruptos 

4) Refletir sobre o papel dos/as educadores/as neste contexto, convidando-os à ação, instigando-os à criação de estratégias de transformação da cultura antropocêntrica, individualista e consumista.

Fazendo frente à linearidade dos modos hegemônicos de pensar e organizar a vida, a proposta do curso desafia à invenção de metodologias que convidem à experimentação de pedagogias decoloniais/contracoloniais, biocêntricas/biofílicas, nativas, brincantes. 

Nessa linha, propõe a articulação entre leitura, exposição teórica, proximidade da/na/com a natureza, brincanças, expressões artísticas, cantos e imagens, trazendo temáticas que atravessam a realidade de emergência planetária e desafiam a produção de culturas e educações para o terceiro milênio. Essas temáticas referem-se ao colapso ambiental, à realidade do consumismo, às relações dos humanos com outras formas de vida e com a Terra, ao brincar, a valores a serem cultivados nos espaços educacionais, em especial, nos territórios escolares.