publicado dia 26/09/2022
Estudantes ocupam a praça com suas artes na FLIRECÊ, a primeira feira literária de Irecê (BA)
Reportagem: Ingrid Matuoka
publicado dia 26/09/2022
Reportagem: Ingrid Matuoka
Durante os dias 15 e 16 de setembro, o Brasil ganhou provisoriamente uma nova cidade: Ratanabá do Sertão, que abrigou a FLIRECÊ, a primeira feira literária de Irecê (BA).
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Entre seus toldos e palcos, crianças e adultos apresentaram músicas, peças teatrais, poemas, quadros, lançaram livros e todo tipo de arte. O tema desta edição foi “A literatura lançando mundos no mundo”, em referência a Caetano Veloso, e as produções buscaram dialogar com o bioma semiárido e a cultura e identidade do município.
A FLIRECÊ surgiu a partir do convite da FLIGÊ, a Feira Literária de Mucugê, também um município baiano, com o objetivo de expandir o evento cultural pelo estado.
A FLIRECÊ contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Irecê (BA), Escola Parque Municipal Ineny Nunes Dourado, Universidade do Estado da Bahia, Secretaria Municipal de Cultura de Irecê (BA) e a Feira Literária de Mucugê (BA), a FLIGÊ.
“Criamos um cenário imagético em que Irecê se transformou em Ratanabá do Sertão, uma cidade imaginária em que as pessoas entravam para conhecer manifestações culturais ligadas à linguagem do nosso território, isto é, apresentamos o território de Irecê a partir dele mesmo”, conta Fabrízia Pires de Oliveira, diretora do Núcleo Territorial de Educação (NTE 01) em Irecê, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, que realizou a feira junto ao Grupo de Pesquisa Formação em Exercício de Professores, da Universidade Federal da Bahia.
Estudantes de escolas da rede pública municipal e estadual e algumas da rede privada também marcaram presença. Crianças e adolescentes apresentaram suas produções autorais, como curta-metragens, músicas e peças, e também debateram temas importantes para eles, como os livros que estão lendo hoje fora da escola.
Toda essa cidade imaginária ocupou uma praça pública, expandindo os territórios educativos da cidade. “É pensar a praça como uma referência educativa e literária para os sujeitos culturais e estudantes, ampliando também a nossa concepção de aprendizagem, como uma escola para além dos muros”, afirma Fabrízia.
Para encerrar o evento, a FLIRECÊ convidou o artista Jau para se apresentar. Rompendo com a tradição da cidade de convidar artistas populares e valorizando artistas locais. “O evento todo foi um sucesso! A praça lotou e já estamos nos preparando para a próxima edição, que acontece no ano que vem”.