publicado dia 11/06/2024

5 orientações para Secretarias de Educação implementarem o tempo integral

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Resumo: Gestão democrática, diagnóstico e intersetorialidade estão entre as dimensões essenciais a serem consideradas pelas Secretarias de Educação na implementação da Educação Integral em tempo integral. Abaixo, Raquel Franzim (MEC) e Patricia Mota Guedes (Itaú Social) dão 5 orientações para conduzir esse trabalho. 

A expansão da jornada escolar pelo Brasil, promovida pelo programa Escola em Tempo Integral, possui dois objetivos centrais: combater desigualdades e ampliar as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento integral. 

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“É uma política civilizatória que vai dar condições de superar tantas desigualdades que acumulamos ao longo da nossa história. E faz isso olhando para a singularidade do sujeito, seus territórios e os saberes que vêm desse chão”, disse Raquel Franzim, Coordenadora-Geral de Educação Integral e Tempo Integral no Ministério da Educação (MEC), em evento de lançamento do Material de Apoio à Formulação e Implementação de Políticas e Programas Municipais de Educação Integral.

Para que isso se materialize, a concepção do programa indica a importância de envolver todas as pessoas em seu processo de implementação, a fim de garantir que ele faça sentido a cada território e comunidade. 

“O programa não é um modelo único”, diz Patricia Mota Guedes, Superintendente do Itaú Social, “e isso exige monitoramento e ajustes no caminho”, complementa, destacando que em todos esses aspectos, as Secretarias de Educação têm papel central. 

Confira abaixo 5 orientações das especialistas para garantir equidade e qualidade nesse trabalho: 

A organização da Secretaria.

A implementação da Educação Integral em tempo integral demanda acompanhamento próximo a cada uma das unidades. Para terem condições de fazer monitoramento, entre várias outras atividades, Raquel indica a necessidade de “organizar, na medida do possível, uma equipe ou alguém dedicado a acompanhar a política em nível local”.

A autonomia das escolas e a gestão democrática.

As escolas devem ser envolvidas em todas as decisões sobre a política. “As escolas, com seus Projetos Político-Pedagógicos, têm autonomia e as secretarias têm um papel de acompanhar”, explica Raquel. Envolver a todas as pessoas, desde famílias, estudantes, funcionários, até toda a equipe da Secretaria, também é essencial desde o início.

O diagnóstico.

Uma das etapas iniciais do trabalho da rede é fazer um diagnóstico das condições e jornadas de trabalho dos professores, da infraestrutura das unidades, bem como mapear os territórios para alocar as matrículas de forma a promover equidade.

A intersetorialidade.

Trabalhar de forma articulada às demais Secretarias desde o início é fundamental para garantir acesso, permanência e aprendizagem nas escolas, a partir do acesso a direitos sociais. A intersetorialidade também apoia a mapear e realizar atividades com os professores e estudantes no território. 

O trabalho pedagógico.

A equipe da Secretaria também pode auxiliar as escolas a realizarem atividades no território e a integrar todas as áreas do conhecimento, superando as separações entre turno e contraturno, aulas e oficinas.

“Também a repensar as metodologias utilizadas naqueles componentes curriculares que já estavam no currículo anterior, como a própria Matemática, então não é fazer mais reforço de Matemática”, explica Patricia.

Assista ao evento na íntegra:

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