publicado dia 07/11/2025
Seminário Nacional de Educação Integral reúne as contribuições do movimento da Educação Integral para o país
Reportagem: Ingrid Matuoka | Edição: Tory Helena
publicado dia 07/11/2025
Reportagem: Ingrid Matuoka | Edição: Tory Helena
🗒 Resumo: Após três dias de intensos debates e reflexões, mesa de encerramento do IV Seminário Nacional de Educação Integral sintetiza os principais consensos em torno da pauta.
Para encerrar o IV Seminário Nacional de Educação Integral, aconteceu a mesa “Educação Integral como anúncio: contribuições do Movimento da Educação Integral para a Educação brasileira”.
Os especialistas fizeram uma síntese dos debates ocorridos entre os dias 03 e 05 de novembro, bem como de Seminários anteriores, e redigiram coletivamente uma carta que visa consolidar avanços e impedir retrocessos na Educação Integral no país.
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A mesa contou com a participação de Natacha Costa (Centro de Referências em Educação Integral), Valentim da Silva (UFPR/MOANE) e Wilson Barroso (UFPA).
Com o tema “Sustentar e ampliar o direito à Educação Integral no Brasil: contribuindo para a construção de uma política nacional”, o Seminário é realizado presencialmente em Porto Alegre (RS) e com transmissão ao vivo para todo o Brasil.
O evento reúne educadores, especialistas e autoridades, organizados em diferentes mesas de discussão, entre os dias 03 e 05 de novembro.
Em 2025, o Seminário Nacional de Educação Integral é organizado pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), pelo Observatório Nacional de Educação Integral (UFBA) e pelo Centro de Referências em Educação Integral (CR). Além disso, o evento conta com apoio do Ministério da Educação (MEC), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), dos Comitês Territoriais de Educação Integral, da REDHUMANI e da Cátedra UNESCO Cidade que Educa e Transforma.
Natacha Costa, presidente do Conselho Consultivo do Centro de Referências em Educação Integral, leu a Carta da Educação Integral, pública e democrática, escrita coletivamente como síntese dos debates realizados durante todo o Seminário e que visa contribuir com o estabelecimento de prioridades nas ações e políticas públicas de todo o país. “Procuramos afirmar os principais desafios e propostas que nós todos como movimento da Educação Integral temos a fazer”, disse.
“Pensar uma Educação entre os diversos territórios, que integre os diversos setores, dialogando com a diversidade cultural, com as diferentes formas de organizações, institucionalizadas ou não, é um dos desafios a serem superados pela Educação Integral. É pensar a educação integral inserida no projeto de país que queremos via narrativas integradas às muitas vozes que compõem esse grande diálogo. Que projeto de país queremos? O projeto de país nos impõe de antemão um projeto de vida, diz um trecho da carta.
Para Wilson Barroso, professor na Universidade Federal do Pará (UFPA), a carta é um documento estratégico para as eleições de 2026.
“Será nosso instrumento de pressão para dizer o que queremos no campo da Educação. Avançamos muito, precisamos consolidar o que já avançamos e queremos avançar muito mais. Nosso posicionamento é em prol da classe trabalhadora, de uma escola republicana, soberana, que respeita todas as diversidades e forma seres humanos plenos”, explicou.
Valentim da Silva, professor na Universidade Federal do Paraná, compartilhou sua trajetória como educador e destacou a importância das trocas entre as pessoas, a exemplo do Seminário, para as transformações na formação de cada educador e da Educação como um todo.
“Eu era um professor conteudista, que se orgulhava de dar 13 provas diferentes para que ninguém pudesse colar. Conheci proposta alternativa a isso, da Educação Integral, e percebi que minha Educação não era transformadora […] A arte do encontro é que nos possibilita as transformações”, disse Valentim.
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