publicado dia 23/09/2024
Queimadas impactam escolas pelo Brasil; MEC divulga orientações
Reportagem: Da Redação
publicado dia 23/09/2024
Reportagem: Da Redação
Resumo: Queimadas pelo Brasil impactam o direito à Educação. Confira orientações do Ministério da Educação para as redes educacionais e escolas que estão em locais afetados.
Em setembro de 2024, ao menos 29 escolas do Distrito Federal precisaram ser fechadas devido às queimadas que atingiram o Parque Nacional de Brasília desde domingo (15/9).
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Além da seca extrema, o país enfrenta desde agosto uma epidemia de incêndios florestais. Estima-se que ao menos 11 milhões de hectares já foram consumidos pelo fogo, com 538 municípios decretando situação de emergência.
A intensificação das queimadas e da poluição do ar por todo o Brasil demanda cuidado especial com crianças e adolescentes, que são mais suscetíveis aos efeitos nocivos da poluição.
No Brasil, 40 milhões de crianças e adolescentes estão expostos a múltiplos riscos climáticos com o agravamento da crise climática. O montante representa cerca de 60% da população jovem do país. Os dados são do relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), de 2022.
Para orientar as redes educacionais e escolas sobre como agir diante das queimadas, o Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta terça-feira (17/9), um guia com medidas preventivas para proteger a saúde da comunidade escolar durante esses períodos críticos.
O MEC também disponibilizou um e-mail exclusivo ([email protected]) para atendimento de dúvidas ou demandas específicas das redes e escolas.
Em caso de incêndio, a orientação é ligar para os bombeiros, por meio do telefone 193. Para atendimentos médicos de emergência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pode ser acionado pelo número 192; e a Defesa Civil, pelo número 199.
1. Evitar atividades ao ar livre: em dias de alta poluição, mantenha atividades como educação física e recreios em ambientes fechados e bem ventilados. Reduza ao máximo as atividades ao ar livre para minimizar os riscos.
2. Realizar atividades em espaços internos: promova atividades internas, como jogos educativos, leitura, debates sobre o meio ambiente e a saúde, além de atividades artísticas. Essas alternativas ajudam a manter o engajamento dos alunos sem expô-los a condições adversas.
3. Incentivar a hidratação: reforce a necessidade de beber bastante água e líquidos. Peça que os alunos sempre tragam garrafas de água e façam pausas regulares para hidratação, já que a água ajuda a eliminar toxinas do corpo e a manter as vias respiratórias protegidas.
4. Fechar as janelas e as portas durante os períodos críticos de poluição externa: mantenha a ventilação e a umidade do ar internas controladas, com uso de ventiladores e umidificadores sempre que possível.
5. Orientar e monitorar sintomas de saúde: saiba como identificar sintomas de exposição à poluição. Em caso de náuseas, vômitos, febre, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas na cabeça, no peito ou no abdômen, busque atendimento médico.
6. Monitore os alunos ou profissionais com condições de saúde preexistentes e esteja preparado para oferecer suporte imediato, se necessário. Dê atenção especial a crianças menores de 5 anos, gestantes, idosos e pessoas com problemas respiratórios, cardíacos ou imunológicos.
Medidas adicionais para garantir segurança e proteção:
1. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): incentive a utilização de máscaras para alunos e funcionários que precisarem sair ao ar livre durante picos de poluição. Oriente sobre a importância e o uso adequado das máscaras para proteção respiratória.
2. Identificação de áreas seguras: crie “refúgios” internos com melhor qualidade do ar para alunos com problemas respiratórios. Utilize filtros de ar de alta eficiência, se disponíveis, para melhorar a qualidade do ar nesses espaços.
3. Comunicação com a comunidade: estabeleça parcerias com autoridades de saúde e de meteorologia para obter informações atualizadas sobre a qualidade do ar. Mantenha os pais informados sobre a situação e as medidas adotadas pela escola e ofereça orientações para proteger as crianças.
4. Educação sobre poluição e saúde: promova atividades educativas que ensinem aos alunos os efeitos da poluição do ar e a importância de proteger o sistema respiratório.
5. Limpeza das instalações: reforce a limpeza das áreas internas da escola para reduzir a presença de partículas poluentes. Utilize aspiradores com filtros, se disponíveis, para minimizar a dispersão de poeira e alérgenos.
6. Suspensão das aulas presenciais: considere a suspensão das aulas apenas como última alternativa, em casos de qualidade do ar “muito ruim” ou “péssima”, avaliando, junto à comunidade, as condições de biossegurança do ambiente escolar.
*Foto: Joédson Alves/Agência Brasil