Crianças e adolescentes de famílias socialmente vulnerabilizadas podem ter a garantia de seus direitos básicos comprometida diante da concessão do crédito consignado do Auxílio Brasil.

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Isso é o que aponta a Nota em Defesa da Integridade Econômica da População Vulnerável, assinada por mais de 300 entidades. “A concessão de crédito consignado para beneficiários de programas de transferência de renda, no presente momento, tende a trazer ainda mais dificuldades para essa população. Se os valores atuais são insuficientes para garantir uma vida digna, a possibilidade de comprometer até 40% desse valor com empréstimos condenará essas famílias ainda mais à miséria”, diz um trecho do abaixo-assinado.

Em entrevista ao Educação e Território, especialistas explicaram o risco de fazer esse empréstimo da maneira como ele foi proposto, sem os estudos necessários, e diante da crescente inflação, da redução prevista na verba do Auxílio Brasil para janeiro e o comprometimento do poder de consumo das famílias no longo prazo.

“Nos padrões de análise comportamental, todo mundo imagina que terá um futuro melhor do que tem hoje. É humano cuidar das necessidades imediatas – e no Brasil estamos falando de comida, farmácia e moradia – e minorar as consequências do futuro. Mas em termos estruturais e de políticas públicas, não há muita perspectiva de que o Brasil estará muito melhor no ano que vem e essas pessoas terão esse comprometimento”, ressaltou Maria Paula Bertran, professora na Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e uma das autoras da Nota.

Leia a reportagem “Crédito consignado do Auxílio Brasil pode ser “tragédia” para famílias vulneráveis e economia” completa no site do Educação e Território.