publicado dia 19/11/2025
Plano Nacional de Educação (PNE) chega à reta final na Câmara
Reportagem: Tory Helena
publicado dia 19/11/2025
Reportagem: Tory Helena
🗒Resumo: A votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), detalhado pelo PL 2614/2024, está prevista para a última semana de novembro na Câmara dos Deputados. O documento determinará o planejamento para a Educação na próxima década, com meta específica para a Educação Integral em Tempo Integral.
A discussão sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE), detalhado pelo PL 2614/2024, está chegando à reta final na Câmara dos Deputados. A votação para aprovar ou não o projeto está prevista para a próxima semana na Comissão Especial do Plano Nacional de Educação.
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A notícia foi anunciada pelo relator do projeto, o deputado federal Moses Rodrigues (União-CE), após pedido de vista coletivo acordado no início do mês. A expectativa é que a votação aconteça na semana que vem, durante sessão da Comissão Especial designada para analisar o projeto.
A proposta, em análise na Comissão Especial do Plano Nacional de Educação da Câmara, não precisa passar pelo plenário da Casa e deve ser enviada para o Senado Federal ainda em novembro.

Comissão Especial na Câmara dos Deputados analisa o PL 2614/2024, que estabelece o novo Plano Nacional de Educação (PNE).
Crédito: Agência Câmara de Notícias
Até o momento, o PL 2614/2024 já recebeu mais de 4 mil emendas com alterações e sugestões dos parlamentares e em diálogo com a sociedade civil. O volume de participação é considerado um marco expressivo para um projeto da área da Educação.
O relatório apresentado por Moses Rodrigues elenca também entidades e pessoas que encaminharam documentos recebidos pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação na Câmara.
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Citado pelo relatório, o Centro de Referências em Educação Integral enviou para os parlamentares um documento com o posicionamento das organizações que compõem a governança defendendo a centralidade da Educação Integral no PNE.
A participação social na elaboração do documento de planejamento foi destacada pela Diretora de Programas da Cidade Escola Aprendiz, Raiana Ribeiro, durante a live Hora do Intervalo. “Esse já é um PNE histórico”, analisou.
Em audiência pública sobre a meta relativa à Educação Integral em Tempo Integral, realizada em maio na Comissão Especial, Raiana destacou que a concepção de Educação Integral poderia estruturar o compromisso do novo PNE com a equidade e o enfrentamento às desigualdades na Educação brasileira.
“É fundamental que a Educação Integral seja incorporada como uma diretriz de todo o Plano e que ela expresse um projeto de país que concebe o seu desenvolvimento a partir das pessoas e que enxerga a Educação Integral como um direito e não como um benefício reservado a poucos”, afirmou na ocasião.
Entre as principais modificações do relatório apresentado em 14 de outubro, está a meta relacionada à Educação Integral em Tempo Integral.
Concentrada na Meta 6, a proposta é alcançar o patamar de pelo menos 55% das escolas públicas com jornada ampliada (tempo integral) nos próximos dez anos.
Garantir a oferta de matrículas de tempo integral na perspectiva da Educação Integral, com, no mínimo, sete horas diárias ou trinta e cinco horas semanais, preferencialmente em turno único em, no mínimo, 55% (cinquenta e cinco por cento) das escolas públicas, de forma a atender pelo menos 40% (quarenta por cento) dos estudantes da Educação Básica até o final da vigência deste PNE.
Para atingir esse objetivo, o documento detalha 11 estratégias:
A respeito dos recursos necessários para tirar o PNE do papel, o relatório menciona um investimento correspondente a 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O atual PNE (2014-2024) previa 10%, mas o investimento público para cumprir as metas do documento nunca ultrapassou o patamar de 5%.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias