publicado dia 06/11/2017
O que os alunos realmente precisam saber sobre cidadania digital
Reportagem: Da Redação
publicado dia 06/11/2017
Reportagem: Da Redação
Há pessoas, como a especialista Anne Collier, que defendem que devemos abandonar a palavra digital em contextos como este, pois estamos apenas ensinando de fato a cidadania, isto é, as habilidades e o conhecimento que os alunos precisam ter para navegar e vivenciar o mundo de hoje.
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Dito isso, duas abordagens são essenciais para tratar de cidadania digital nos currículos escolares: o conhecimento pró-ativo e o conhecimento experimental.
Texto originalmente publicado pela professora norte-americana Vicki Davis, no Edutopia.
No primeiro escopo, estes são alguns conceitos básicos que precisam ser ensinados aos alunos.
Senhas: os alunos sabem criar uma senha segura? Sabem que o e-mail e o banco online devem ter um nível de segurança maior e que nunca devem usar as mesmas senhas em outros sites? Eles têm um sistema para gerenciar senhas ou um aplicativo seguro onde armazenam essas informações?
Informações privadas: são informações que podem ser usadas para identificar uma pessoa. Os alunos sabem como proteger detalhes como seu endereço, e-mail e número de telefone?
Direitos autorais: os alunos entendem direitos autorais, Creative Commons e como gerar uma licença para seu próprio trabalho? Eles respeitam os direitos de propriedade daqueles que criam propriedade intelectual? Alguns estudantes pesquisarão imagens do Google e copiarão qualquer coisa que vejam, assumindo que possuem esses direitos. Às vezes, eles vão mesmo citar Google Imagens como fonte. Os educadores devem então ensinar-lhes que o Google Imagens compila conteúdo de uma variedade de fontes, que eles têm que visitá-las, ver se possuem permissão para usar a imagem e, em seguida, citar essa fonte.
Permissão: os alunos sabem como obter permissão para o trabalho que eles usam e sabem como citar?
Segurança: os alunos entendem o que são vírus, malware, phishing, ransomware e roubo de identidade e como essas coisas funcionam?
Marca pessoal: os alunos têm consciência de sua voz e de como querem ser percebidos online? Sabem que têm uma “pegada digital” que é quase impossível de apagar? Eles são intencionais sobre o que compartilham?
Além dessas competências, os alunos precisam adquirir experiência para tornarem-se cidadãos digitais efetivos. Veja como lhes dar esse conhecimento experimental:
Verdade ou ficção: para nos proteger de doenças, somos inoculados com vírus e germes. Para proteger os estudantes de fraudes, faça o mesmo. Procure fatos que parecem loucos, mas são verdadeiros, ou assuntos que parecem reais, mas são falsos. Peça aos alunos para serem detetives. Isso abre conversas sobre todos os tipos de golpes e dicas.
Transforme os alunos em professores: você pode fazer com que os alunos criem tutoriais ou apresentações nas quais explicam fraudes comuns e como as pessoas podem se proteger delas. Ao dissecar mentiras, os alunos tornam-se mais vigilantes.
Aprendizagem colaborativa: para experiências de aprendizado mais poderosas, os alunos devem participar de processos colaborativos. Os estudantes precisam da experiência compartilhada e conectada em uma variedade de ambientes. Eles podem fazer um blog juntos, um blog público ou um verbete em uma enciclopédia online para compartilhar seus trabalhos. Quando os alunos se conectam, é quando eles aprendem. O professor pode até falar sobre a importância de escrever as palavras corretamente e não usar, por exemplo, abreviações em determinados contextos, mas o aluno entenderá muito melhor esse ponto quando um colega da Alemanha disser que está tendo dificuldades para entender o que está sendo digitado.