publicado dia 14/03/2016

Debates sobre sexualidade e gênero integra currículo de escolas estaduais de SP

Reportagem:

Com informações da Secretaria de Educação do Estado e G1

Os temas ligados à desigualdade de gênero, como a violência contra as mulheres, podem ser obrigatórios nas salas de aula do Ensino Médio da rede estadual de São Paulo. A Secretaria de Educação do Estado informou que incluiu no currículo do 1º ao 3º ano textos, vídeos e propostas de atividades sobre o assunto com o objetivo de ampliar o debate e inclusive estendê-lo às famílias e comunidades.

A discussão foi integrada às propostas pedagógicas de Sociologia e Filosofia, mas também poderá ser abordada de maneira interdisciplinar nas aulas de Biologia, História, Geografia e até Educação Física. No Caderno do Aluno, material entregue a todos os estudantes da rede, será possível encontrar, por exemplo, artigos e referências à legislação brasileira, como a 11.340/06 conhecida por Maria da Penha.

Saiba + Por que a educação deve discutir gênero e sexualidade?

A diretiva deverá ser ancorada pela formação dos professores da rede, prevista pelo Núcleo de Inclusão Educacional (Ninc). Segundo a Secretaria, no último ano, mais de 3 mil educadores já participaram de cursos sobre sexualidade e gênero. A medida tem o intuito de ampliar o repertório dos alunos no que diz respeito a esses temas que tanto fazem parte do cotidiano dos jovens.

A escola que queremos

Após os inúmeros manifestos ocorridos em cidades do estado de São Paulo contra a reorganização escolar no ano passado, que impôs uma derrota ao governo estadual, a Secretaria de Educação anunciou a iniciativa “A escola que queremos” que aposta em reuniões com alunos para que eles coloquem suas opiniões sobre como devem ser as escolas públicas.

Nesta quinta (10/03), aconteceu a primeira reunião do secretário da educação José Renato Nalini com estudantes e representantes da educação em Bauru; a estimativa é que o encontro aconteça em outras 14 regiões do estado. Na ocasião, alunos envolvidos com os grêmios das regiões de Bauru, Botucatu, Lins, Jaú, Marília, Piraju e Avaré apresentaram o que foi realizados nas escolas em 2015 e as propostas para 2016.

Segundo informações do G1, a reunião foi marcada por protestos de diversos estudantes que alegavam não terem sido informados da agenda com o secretário. A Secretaria de Educação, por sua vez, alegou que as Diretorias de Ensino ficaram encarregadas de escolher os representantes de cada escola para participar.

Também protestaram contra a falta de infraestrutura e verba das unidades da rede. Ainda de acordo com a reportagem, após o momento com os estudantes, o secretário recebeu sindicalistas e professores em uma reunião fechada. Ao término, os docentes protestaram e pediram a reocupação das escolas.

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