publicado dia 16/11/2015
Cresce o número de escolas ocupadas no estado de São Paulo
Reportagem: Ana Luiza Basílio
publicado dia 16/11/2015
Reportagem: Ana Luiza Basílio
Desde o anúncio da primeira ocupação em uma escola estadual de São Paulo, a Fernão Dias, na zona oeste, na última segunda (09/11), outras 36 unidades aderiram ao movimento contra a reorganização escolar proposta pelo governo do estado de São Paulo. As informações são da página do Facebook do coletivo “Mal Educado”
A ocupação de outra instituição de ensino, a E.E. Prof. José Augusto de Azevedo Antunes, em Santo André, ainda não foi confirmada. As ações, que vêm sendo organizadas por estudantes e também têm ganhado o apoio de familiares, integrantes das comunidades e movimentos sociais, começaram após o governo anunciar o fechamento de 94 escolas em todo o estado. Para além disso, outras 754 unidades devem se configurar ao modelo de ciclo único, ou seja, passam a atender somente um ciclo escolar, ensino fundamental I, ensino fundamental II ou ensino médio.
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Entre os participantes, a principal queixa é que a medida foi feita “de cima para baixo”, sem um diálogo prévio com as comunidades; estudantes reclamam da impossibilidade de escolherem as escolas em que irão estudar, já que a atribuição fica a cargo da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Na semana passada, um pedido de reintegração de posse da escola Fernão Dias e de mais uma unidade em Diadema, chegou a ser expedido pelo juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 5ª Vara de Fazenda Pública, mas foi suspenso na sexta-feira (13/11) pelo mesmo juiz, atendendo a pedidos do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Desde o início das ocupações, o governo do estado de São Paulo recuou quanto ao fechamento de uma unidade no interior da cidade de Piracicaba, a Escola Augusto Melega, que deve seguir com os atendimentos ao ensino fundamental II (6º ao 9º ano) e ensino médio, em 2016. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a medida foi alcançada após pressão da comunidade rural, familiares e estudantes, junto ao Ministério Público e à Diretoria de Educação.
Notícia atualizada em 17/11/2015, às 15h40.