publicado dia 30/06/2021

43% dos jovens brasileiros já pensaram em parar de estudar durante a pandemia

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Selo Reviravolta da Escola Em junho de 2020, 28% dos jovens pensaram em parar de estudar por causa da pandemia e dos problemas econômicos e sociais que ela agravou. Um ano depois, esse índice subiu para 43%, como aponta a 2ª edição da pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus. No mesmo período, a taxa de jovens que não estão estudando também cresceu de 26% para 36%.

Leia + A escola pós-pandemia que as juventudes almejam 

O levantamento, que foi realizado por grupos de jovens, ouviu mais de 68 mil brasileiros de 15 a 29 anos sobre educação, trabalho e renda, saúde mental e perspectivas de futuro, com o objetivo de ampliar os espaços de diálogo com as várias juventudes brasileiras sobre os efeitos da pandemia em suas vidas e, a partir disso, desenhar caminhos para pautar e influenciar tomadores de decisão. 

“Vários jovens já deixaram de estudar. Os que permanecem, pedem vacinas e ações para garantir uma renda básica emergencial e políticas de bolsa de estudo para terem condições de continuar a estudar”, explica Marisa Villi, cofundadora e diretora executiva da Rede Conhecimento Social, uma das organizações que promoveu a pesquisa, juntamente ao CONJUVE (Conselho Nacional da Juventude do Brasil), Fundação Roberto Marinho, UNESCO, Em Movimento, Mapa Educação, Porvir e Visão Mundial.

Acesse o site da pesquisa Juventudes e Pandemia do Coronavírus para ler a primeira e a segunda edição do levantamento.

Em comparação com a primeira edição do levantamento, os jovens pediram menos auxílio para organizar os tempos e rotinas de estudo, o que indica que estão um pouco mais adaptados aos formatos remotos e híbridos, e agora demonstram preocupação com o currículo. Mas em primeiro lugar está a demanda por cuidados com a saúde mental. “Eles relatam muita ansiedade, insônia, exaustão e mudanças no peso. E o mais urgente é que 1 a cada 10 relatam terem pensamentos suicidas e de automutilação”, alerta Marisa.

Além da saúde mental e dos estudos, uma parcela importante de jovens está ingressando no mercado de trabalho durante a pandemia, e a pesquisa indica a importância de olhar para o que significa isso em um momento tão atípico de relações pessoais e de trabalho, sobretudo porque muitos jovens exerceram atividades remuneradas informais durante a pandemia.

“Mais do que nunca precisamos ouvir os jovens. Eles têm que estar presentes na hora de apoiar e influenciar o debate e as definições de políticas e programas que vão lidar com os efeitos da pandemia em suas vidas e da sociedade em geral”, reafirma Marisa.  

O que é a #Reviravolta da Escola?

Realizado pelo Centro de Referências em Educação Integral, em parceria com diversas instituições, a campanha #Reviravolta da Escola articula ações que buscam discutir as aprendizagens vividas em 2020, assim como os caminhos possíveis para se recriar a escola necessária para o mundo pós-pandemia.

Leia os demais conteúdos no site especial da #Reviravolta da Escola.

4 maneiras de articular juventudes e sociedade

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