A Educação Integral e a Educação para as Relações Étnico-Raciais compartilham de muitos princípios: a multidimensionalidade dos sujeitos, a valorização das identidades e diversidades e a aproximação com território e a cultura local. Destacá-los e aprofundá-los contribui para colocar em prática o combate ao racismo e favorecer o desenvolvimento integral dos(as) estudantes.

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Este é o objetivo das “Diretrizes de Educação Integral Antirracista para o Ensino Fundamental”, documento criado pela Cidade Escola Aprendiz, Roda Educativa e Ação Educativa, com apoio da Porticus.

Voltado para as equipes de Secretarias de Educação, gestores escolares e coordenadores pedagógicos, as Diretrizes entrelaçam os conceitos e práticas da Educação escolar indígena e quilombola, bem como das leis 10.639/03 e 11.645/08, que instituíram a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena em toda a Educação Básica.

Há também uma série de orientações práticas para rever e implementar tais princípios no Projeto Político Pedagógico, currículo, infraestrutura, gestão escolar, metodologias, avaliações e nas relações entre todas as pessoas.

Para apresentar e detalhar o material, a Hora do Intervalo vai receber as especialistas que conceberam as Diretrizes de Educação Integral Antirracista nesta quinta-feira (28/11), das 16h às 17h (horário de Brasília), pelo perfil no Instagram do Centro de Referências em Educação Integral (@cr.educacaointegral).

Conheça as convidadas:

Alessandra Tavares é graduada em Ciências Sociais pela PUC-SP e doutoranda e mestre em Antropologia Social pela USP. Especialista em Gestão de Projetos Culturais pelo CELACC- USP e com formação na área de Gestão Pública pela FGV. Atuou na rede pública por 11 anos, tem experiência na área de Justiça Restaurativa e experiência em gestão de projetos sociais. Atua como formadora e coordenadora pedagógica na Roda Educativa.

Edneia Gonçalves é socióloga, educadora e coordenadora executiva adjunta da Ação Educativa. Atua como formadora de gestoras e professoras em organismos internacionais e redes públicas e privadas em diferentes Estados brasileiros na área de Educação e relações raciais. Coordenou projetos de cooperação técnica internacional em diferentes países do continente africano. É autora do prefácio do livro Ensinando Comunidade – Pedagogia da Esperança, de bell hooks (2021), e de artigos na área de direitos humanos, equidade, relações étnico-raciais e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Jaqueline Lima Santos, que coordenou a publicação, é doutora em Antropologia Social pela Unicamp e Harvard Alumni Fellow. Atua como professora, pesquisadora e consultora nas áreas de equidade, raça, gênero, diversidade, educação, infância e juventude, história e cultura afro-brasileira e africana e PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). Tem experiência em pesquisa, diagnósticos, produção de conteúdos, avaliação e monitoramento, prototipação de soluções e formação inicial e continuada. Recebeu premiações das organizações Fórum África, ONU Mulheres, Câmara Municipal de Sorocaba e Núcleo Ciência pela Infância (NCPI) por trabalhos desenvolvidos.

*Atualizada em 27 de novembro, às 12h09.