publicado dia 05/11/2024

Educação Antirracista e Educação Quilombola são foco de curso gratuito do MEC 

Reportagem:

🗒️Resumo: Professores e gestores escolares que atuam na Educação Básica já podem se inscrever no Curso de Extensão, Formação para Docência e Gestão para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola. Com 150 mil vagas, a formação em Educação Antirracista e Educação Quilombola é gratuita e oferecida pelo MEC em parceria com a CAPES. 

Com o objetivo de ampliar o letramento racial de professores, gestores e outros profissionais da Educação Básica, o Ministério da Educação (MEC) oferta o Curso de Extensão, Formação para Docência e Gestão para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola.

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A formação é gratuita e será oferecida por 40 universidades e instituições de Ensino Superior. É possível acessar a lista das instituições que aderiram ao curso na página de Cursos Nacionais do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) no site da CAPES.  

Avanços e desafios para a Educação Antirracista e Educação Quilombola 

Educação Antirracista

Educação Antirracista: 70% dos municípios realizam pouca ou nenhuma ação para efetivar a lei.

Crédito: iStockphoto

Apesar dos avanços em marcos legais como a Lei 10.639/2003 – que instituiu a obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana há mais de duas décadas – a falta de um olhar específico e prioritário dos professores para a temática ainda é realidade em muitas escolas.

De acordo com pesquisa do Instituto da Mulher Negra – Gedelés e do Instituto Alana, 70% das secretarias  municipais de educação não cumprem a lei, realizando pouca ou nenhuma ação para efetivá-la.

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Além disso, 42% dos órgãos responderam que os profissionais têm dificuldade em aplicar o ensino de temas afro-brasileiros e africanos nos currículos e nos projetos. Já outros 33% disseram não ter informações suficientes a respeito da temática.

Apesar da lacuna na formação, mais da metade dos professores brasileiros já presenciaram casos de racismo na escola envolvendo seus estudantes em salas de aula. 

Como será o curso de extensão para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola 

Com o início das aulas previsto para 2025, a formação será realizada por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), no formato remoto. 

A carga horária totaliza 120 horas e será ofertada por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem da CAPES. Estarão disponíveis 150 mil vagas. 

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Ao todo, serão quatro módulos: Panorama Étnico-Racial e Quilombola Brasileiro, Culturas e Territorialidades, Educação Antirracista na Prática e Gestão Democrática para a Diversidade. 

De acordo com o MEC, além da discussão de sistemas de avaliação e criação de projetos políticos pedagógicos, será desenvolvida ao longo da formação uma proposta educacional antirracista que inclui atividades pedagógicas que transformem o ambiente escolar e as relações entre professores, alunos e comunidade. 

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