publicado dia 04/08/2014
Alunos viram repórteres durante Seminário de Educação Integral
Reportagem: Ana Luiza Basílio
publicado dia 04/08/2014
Reportagem: Ana Luiza Basílio
A entrevista cedida pelo educador Miguel Arroyo antes do início do Congresso Marista de Educação Integral, em Florianópolis, no último dia 31 de julho, seria rotineira se não fosse a curiosidade de encontrar dois adolescentes como repórteres, Igor Santos, 16 anos e Heitor dos Santos Miguel, 17. Atentos, os alunos que cursam o ensino médio queriam entender do palestrante convidado quais pontos seriam debatidos em sua fala sobre educação integral, e o que de fato, o tema implicaria no cotidiano das crianças e adolescentes brasileiros.
Por meio de entrevistas, fotos e filmagens, também procuravam desvendar o ambiente do congresso, Geovanna Weber, 11 anos, Steffani de Oliveira, 14, e Eron Bianco, 11, estudantes do ensino fundamental. Juntos, os estudantes do Centro Educacional Marista, em São José (SC), compunham o grupo de imprensa do evento, e tinham como missão produzir conteúdos para serem divulgados nos veículos da Rede de Solidariedade Marista.
Para Eron, 11, estudante do ensino fundamental, a experiência em comunicação dialoga diretamente com as aulas regulares, ampliando seu repertório cultural e convidando-o a perceber o mundo de outras formas. “Depois da atividade consegui perder a vergonha e isso me ajudou muito ao apresentar trabalhos”, comemora.
Segundo Igor e Heitor, as oficinas são um espaço de participação, em que o estudante pode e consegue afirmar o que pensa e deseja. “Temos um espaço de pensamento”, avalia Igor. “É uma somatória de ideias”, complementa Heitor.
A atividade em campo é um desdobramento das oficinas de televisão e rádio, parte integrante da Jornada Ampliada, uma proposta de educação integral da rede. Na dinâmica oferecida, os alunos cursam o ensino regular e, no contraturno, permanecem na unidade para cursar outras atividades, como expressão corporal nas modalidades teatro e dança, mídia e comunicação, artes visuais e pastoral juvenil marista, na qual são trabalhadas dinâmicas para fortalecimento do protagonismo e cidadania.
Conduzidas por educadores sociais, as oficinas são voltadas para todos os alunos, do ensino fundamental ao médio, que podem cursar até três atividades por ano. Para Stefani, 14, a mistura de idades entre o grupo é uma característica muito importante do programa, possibilitando a troca de experiências entre os adolescentes e a aprendizagem coletiva.
Na oficina de mídias, parte-se da proposta da educomunicação, em que o estudante aprende na prática, assumindo o fazer como uma experimentação educativa. Nas atividades, os jovens passam por todo processo de construção jornalística – da proposição da pauta (o que será discutido) à produção e edição da mesma. “Nossa ideia é justamente valorizar a produção deles na íntegra”, justifica Cleibiana Seibel, coordenadora do Jornada Ampliada em São José, ressaltando a avaliação do trabalho como um processo construído dialogicamente entre educadores e estudantes, a partir da experimentação e dos desafios do processo.
Rede Marista
A Rede Marista de Solidariedade (RMS) atua em diferentes eixos, sempre com foco na promoção e defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens, com foco no desenvolvimento integral dos indivíduos, garantindo sua plena participação e emancipação.