publicado dia 04/04/2014
Prêmio estimula a cidadania de crianças ao redor do globo
Reportagem: Da Redação
publicado dia 04/04/2014
Reportagem: Da Redação
Três pessoas que lutam pelas crianças foram nomeadas à edição de 2014 do “Prêmio Crianças do Mundo”, uma iniciativa que visa envolver meninas e meninos ao redor do globo em discussões como direitos das crianças e adolescentes, democracia e participação e mobilização social.
Os candidatos foram indicados por organizações que atuam pela promoção do direito à infância e por escolas, crianças e adolescentes de 110 países, envolvidos no processo da premiação.
Anualmente, um júri formado por pessoas com menos de 18 anos de idade de diferentes países do globo elege formalmente três heróis que lutam pelos seus direitos. Mas, antes de que decisão seja tomada, as crianças e jovens são convidados a acessar uma série de formações sobre os direitos, democracia e participação social.
Os garotos e garotas, em parceria com seus educadores, realizam apresentação sobre os candidatos em suas escolas e discutem como os indicados atuam pela promoção dos direitos da infância. Toda cerimônia, que acontece em quase 60 mil escolas pelo mundo, é conduzida pelas crianças. Ao final do processo, são espalhadas urnas e cédulas oficiais, que depois são encaminhadas à central organizadora do Prêmio, na Suécia. Com todos os votos somados, têm-se a escolha do herói. Os outros dois nomeados recebem o título de amigo da criança.
Todo conteúdo, incluindo vida e obra do indicado, condições da infância nos países do candidato e informações sobre processos mobilizadores, é disseminado pela revista Globen destinada ao público infantil e distribuída gratuitamente. A revista, que é publicada em vários idiomas, também acompanha um guia de apoio aos professores, para que estes possam utilizar seus conteúdos nas atividades escolares e apoiar o processo de eleição na unidade.
Mais de 27 milhões de crianças são filiadas ao Prêmio, como “escolas amigas mundiais”. Na maior votação até o momento, em 2009, participaram 7,1 milhões de meninos e meninas.
Cerimônia de premiação
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A premiação oficialmente acontece no Castelo de Gripsholm, na Suécia, país responsável pela fundação em que se insere o prêmio (Fundação Prêmio das Crianças do Mundo) e têm representatividade de uma delegação de crianças do mundo, que foram atuantes em suas escolas, durante o processo eleitoral. Este ano, a premiação acontecerá no dia 29 de outubro.
Todos os indicados recebem um valor em dinheiro para continuar suas ações. Paralelamente, as escolas são estimuladas a realizar cerimônias simbólicas de premiação, convidando pais e comunidade a participar da atividade.
Confira quem são os indicados do ano:
A jovem paquistanesa Malala Yousafzai luta pelos direitos das meninas à educação, discutindo abertamente a questão desde os 11 anos de idade, quando o Talibã impediu que meninas frequentarem a escola no Vale do Swat.
(Photo of Malala by Elyse Marks.)
Há mais de 15 anos John Wood luta pela efetivação do direito das crianças à educação. O candidato deixou importante cargo na empresa Microsoft para desenvolver ações de combate à pobreza, oferecendo a crianças de todo o mundo a oportunidade de frequentar a escola.
Indira Ranamagar luta há 20 anos pelos filhos de prisioneiros presos no Nepal. Ela, que viveu em condições de pobreza extrema, lutou por muito tempo para conseguir ir à escola e desde pequena, sabia que queria ajudar outras pessoas que passavam por dificuldades semelhantes.
Para participar
A ideia é que crianças e jovens realizem eles próprios as eleições, aprendendo na prática como funciona um processo democrático. Idealmente, as escolas devem iniciar o processo, cadastrando-se como Amiga Mundial. Este ano, a iniciativa tem como tema “Direitos e Democracia para um Milhão de Meninas”, que apresenta, além da discussão do prêmio, questões e ações específicas sobre equidade de gênero.
Em seguida, os votantes, que obrigatoriamente devem ter menos de 18 anos, devem trabalhar com o programa do Prêmio das Crianças do Mundo, preferencialmente com o apoio de um professor, que pode e deve consultar um manual de apoio.