A autonomia é um dos pilares da educação integral. Entende-se que para desenvolver todas as potencialidades e dimensões do sujeito, é preciso garantir sua independência dentro do processo de ensino-aprendizagem.
Na concepção da educação integral, o conceito pode ser entendido como a capacidade de elaborar uma reflexão crítica diante da realidade e do conteúdo apresentado, adquirindo liberdade intelectual e possibilitando novas conexões para além das instituições.
Em “Pedagogia da autonomia”, Paulo Freire aponta a ideia como um processo gradual que se dá diariamente na vida do aluno. “A gente vai amadurecendo todo dia, ou não. A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser”, diz.
Autonomia pedagógica
O conceito também deve ser aplicado às escolas e atores envolvidos no processo de educação dos alunos. De acordo com o Dicionário Interativo da Educação Brasileira, a ideia de autonomia está relacionada à liberdade de elaborar um próprio projeto pedagógico, flexibilizando conteúdos e abordagens de acordo com a realidade daquela unidade.
A autonomia das escolas também está prevista no Art.15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. “Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de Educação Básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público” (Lei Nº 9.394/96).