Tem início nesta segunda (25/04) a 2ª Semana dos Direitos: Educação organizada pelo diretório acadêmico da Fundação Getúlio Vargas. Até 29 de abril, o evento pretende debater problemas sociais, políticas públicas (ou a falta delas) e o acesso de grupos minoritários aos diferentes níveis do sistema educacional brasileiro.

Ao todo serão cinco temáticas diferentes. Para iniciar a programação, será debatido hoje (25/04) às 17h no Auditório do Itaú o tema “A Mulher e Educação”. A abordagem partirá do ponto de vista das mulheres em um contexto histórico que as exclui das oportunidades educacionais. Também serão considerados assuntos como estupros dentro de universidades; a questão das vestimentas nas escolas e faculdades; formas igualitárias de ensino a meninos e meninas; o preconceito prevalecente no meio acadêmico (e no mercado de trabalho); machismo institucional.

Para o momento estarão presentes os convidados Maristela Miranda Barbara, diretora de Formação e Acompanhamento Pedagógico do Centro Ruth Cardoso; Adriano Souza Senkevics, pesquisador do Inep; Bruna Waitman, formada em Administração Pública pela FGV e fundadora da organização Media Education Lab (MEL), empresa social que quer transformar o mundo por meio da educação. As inscrições são gratuitas.

No segundo dia (26/04) , às 11h30, no salão nobre da FGV, o debate se dará em torno do tema “Os Negros e a Educação”. A ideia é explorar temas como a política de cotas e a questão da invisibilidade com a mediação de Mayara Silva de Souza, negra e moradora do Grajaú, zona sul de São Paulo; Tamires Sampaio, primeira pessoa negra a assumir a presidência do Centro Acadêmico do curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Cristiane Mare Silva, mestranda da PUC/SP em História Social; e Dennis de Oliveira, professor livre-docente em Jornalismo.

Na quarta-feira (27/04), às 11h30, é a vez do tema Educação LGBTTT. Com a participação de Sônia Francine, coordenadora na Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo; Ramon Soares Cardoso, pesquisador na área da Sociologia da Educação; Carolina Munis e Matheus Gabriel, respectivamente coordenadora e estudante do Cursinho Popular Transformação.

A ideia é explorar temas como a divulgação e reação da opinião pública em relação ao caderno “Escola sem Homofobia”; a existência da lgbtfobia, transfobia e bullying nas escolas e universidades; os desafios para a promoção do respeito ao diferente; a imposição religiosa. Faça a sua inscrição para este dia aqui.

Na quinta (28/04), o debate segue com “A Escola Inclusiva”, às 11h30 no Salão Nobre. Para explorar temas como a situação do ensino público brasileiro, as formas de transformação da realidade educacional e iniciativas inovadoras no meio; a participação popular na construção de políticas educacionais e a discussão da proposta de Reorganização Escolar promovida pelo governo do Estado de São Paulo. Estarão presentes o professor Marco Antônio Teixeira, a coordenadora pedagógica do Centro de Integração de Jovens e Adultos (Cieja), Êda Luiz; a diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, Natacha Costa; o professor da rede pública de ensino de São Paulo, Jonathan Constantino; e o membro do Coletivo RUA – Juventude Anti-Capitalista, André Cristi.
Faça a sua inscrição para este dia aqui.

Para o encerramento no dia 29/04, sexta feira, estão previstas mesas de debate com cursinhos comunitários como FGV, FEA-USP, ITA e Lima Barreto. Com a mediação de Fernando Abrúcio, a ideia é promover um fórum de discussão entre iniciativas distintas de inclusão educacional, compartilhamento de experiências, sucessos e obstáculos entre diferentes cursinhos, com e sem vínculos com instituições de ensino superiores.